“Não creio que mercados se assustem com Orçamento português” - TVI

“Não creio que mercados se assustem com Orçamento português”

    Manuela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite, no programa “Política Mesmo” da TVI24, desvaloriza preocupações sobre execução do orçamento e critica ministro alemão das Finanças

Manuela Ferreira Leite desvalorizou, esta quinta-feira, as preocupações sobre a execução orçamental e disse que o problema reside mais na construção do Orçamento para 2017. No programa “Política Mesmo”, na TVI24, a comentadora lançou duras críticas ao ministro alemão das Finanças, que recomendou a Portugal que não se desvie do rumo do anterior Governo.

“E vem o ministro das Finanças alemão, uma pessoa com a responsabilidade dele, dando a entender que se poderia ter passado alguma coisa [na reunião do Eurogrupo] que levasse a que os mercados financeiros se assustassem”, criticou.

Para Manuela Ferreira Leite, ao contrário do que Wolfgang Schäuble afirmou, a instabilidade dos mercados não tem nada a ver com o Orçamento do Estado para 2016, nem o Orçamento português tem uma importância que abale os mercados.

“Não creio que os mercados financeiros se possam assustar com um orçamento de um Governo português que tem um peso na União Europeia que todos nós conhecemos qual é. E portanto se a Comissão Europeia falasse com alguma tranquilidade, se o Eurogrupo falar com alguma tranquilidade, se todos falarem com tranquilidade, não é por causa dos mercados, não é por causa do Orçamento português, que vai com certeza abalar a Europa”, defendeu.

No mesmo programa, Manuela Ferreira Leite alertou o Governo português sobre o endividamento das empresas portuguesas que pode pôr em causa o esperado crescimento da economia.

“As empresas portuguesas, na sua grande maioria, estão muito endividadas, e, ao estarem muito endividadas, é preciso também tomar em atenção se, ao captarem recursos, se esses recursos acabam por ser canalizados para resolver o problema do seu endividamento ou se são canalizados para investimento. E isso é um ponto, que se não for verdadeiramente acautelado, eu direi que os fundos podem ser absorvidos, mas não têm o efeito necessário no crescimento da economia”, explicou.

 

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