A mensagem de Natal de António Costa, feita a partir da Unidade de Saúde Familiar do Areeiro, foi um dos temas em debate no programa “Circulatura do Quadrado”, esta quinta-feira na TVI24.
Eu sou contra as mensagens de natal dos ministros. O Natal é um tempo de descanso e de dedicação à família. Qual o sentido de aproveitar o quadro para uma declaração política?”, questionou Lobo Xavier, contrastando com a mensagem de Natal de Boris Johnson que, na ótica do comentador, foi “um apelo demorado à liberdade de credo e de culto, valores básicos da humanidade”.
Explicando que uma mensagem dirigida ao Serviço Nacional de Saúde é irrelevante, Lobo Xavier afirmou que não quer “mensagens políticas a interromper rabanadas e celebrações”.
Já Jorge Coelho acredita que a mensagem de Natal é importante e não deve necessariamente trazer algo de novo.
É o que de mais importante se pode dizer aos portugueses”, disse.
Pacheco Pereira afirmou que a generalidade dos cidadãos está-se “absolutamente marimbando para a mensagem do primeiro-ministro, enquanto não existirem resultados”.
É um ato de propaganda má, não é criativo”, disse, acrescentando que o discurso de Costa e da oposição “foi zero”.
Pacheco Pereira disse ainda que é muito claro a culpa de António Costa na gestão da saúde no seu primeiro mandato.
Temos uma política paupérrima, do ponto de vista criativo e do ponto vista discursivo, não há nem sequer uma metáfora interessante, é zero”, afirmou.
O outro tema abordado foi as declarações do Presidente da República acerca da aprovação do Orçamento do Estado, onde admitiu preferir uma aprovação à esquerda.
Questionado se existe um valor político nesta afirmação, Jorge Coelho afirmou sem hesitações "claro que há!", acrescentando que tudo o que o Presidente faz "incluindo tirar uma selfie", tem um valor político. No entanto, sublinha que "está de acordo com ele" quando o assunto é a estabilidade política do país.
Do lado oposto ficou José Pacheco Pereira, que afirmou que o Presidente se pronunciar sobre as suas preferências políticas "está errado".