Global: "O PM ou teve um problema de memória ou aproveitou para tentar confundir as pessoas" - TVI

Global: "O PM ou teve um problema de memória ou aproveitou para tentar confundir as pessoas"

  • JFP
  • 1 out 2018, 00:25

Análise do comentador da TVI Paulo Portas no seu espaço de comentário no Jornal das 8, todos os domingos

Donald Trump na Assembleia Geral da ONU, escalada de preços do petróleo, Venezuela, Brexit e Brasil são alguns dos temas quentes da semana e que Paulo Portas quis abordar no espaço de comentários Global na TVI.

Paulo Portas começou por lembrar o discurso do presidente norte-americano na Assembleia-Geral das Nações Unidas em que mostrou muito sobre modéstia e pôs a audiência a rir.

Abordou ainda a questão das relações dos EUA com a “ex-inimiga” Coreia, o Irão e a China, país que sublinhou.

"O problema dos EUA é precisamente a China. Os EUA não são ameaçados nem pela Rússia, nem pela União Europeia, nem pelo Canadá, nem pelo México. Quem ameaça a liderança global dos EUA é evidentemente a China", afirmou.

Depois de falar de Trump e do protecionismo que ele defende, contra a globalização, espaço para comentar os efeitos da política comercial que o presidente pratica no país na economia global.

Daí, oportunidade para entrar no segundo tema: a escalada dos preços do petróleo e juros nos EUA. O petróleo regressou recentemente aos 80 dólares por barril, o nível mais alto dos últimos quatro anos.

"Terminou, em princípio, a época, que foram alguns anos, do petróleo barato", afirmou.

O comentador abordou os efeitos que esta escalada terá salientado que os juros já subiram nos EUA oito vezes e na Europa se mantêm em 0%.

No campo da diplomacia, houve tempo para falar da Venezuela e do braço-de-ferro diplomático entre Portugal e aquele país da América latina. Paulo Portas deu destaque no espaço de comentário à crise na Venezuela e aos portugueses que lá estão, bem como à intervenção diplomática do país.

"Eu acho que certamente terá havido uma intervenção diplomática de Portugal e quem a fez, fez bem em fazê-la, porque o primeiro dever de uma política externa é proteger não apenas o interesse nacional, mas os portugueses ou descendentes de portugueses onde quer que eles estejam", disse.

Paulo Portas quis destacar ainda a disponibilidade de Maduro para um encontro com Trump e condenou a política do presidente da Venezuela: “Não faz qualquer espécie de sentido. Falhou por todos os lados”.

Nos assuntos globais nacionais, destaque para o primeiro-ministro e o caso do aeroporto do Montijo.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros quis relembrar as palavras de António Costa na Cimeira do Turismo em relação ao novo Aeroporto na margem sul.

"O primeiro-ministro ou teve um problema de memória ou aproveitou para tentar confundir as pessoas. Não é preciso usar um argumento falso para justificar uma decisão certa", destacou.

Antes de fechar o espaço de comentário, Paulo Portas abriu o bloco de notas e comentou alguns temas destacando pontos essenciais.

Começou pelas eleições do Brasil, para as quais falta uma semana e que têm, nesta altura, Bolsonaro e Haddad no centro da discussão. "Entre a peste e a cólera, venha o diabo e escolha", diz Portas sobre candidatos.

Comentou ainda, em relação ao Brexit, o facto de Corbyn ter pedido eleições antecipadas ou novo referendo no Reino Unido.

De um ponto de vista global digital, destaque para o tweet enganador que obrigou Elon Musk a deixar a presidência da TESLA. Tudo por uma questão de palavras mal empregues que mexeram com a bolsa de valores.

A América realmente é capaz de tudo ao mesmo tempo”, referiu o comentador.

Paulo Portas não quis deixar de comentar a nomeação de Kavanaugh por Donald Trump para o Supremo Tribunal, caso que expôs uma fratura política nos EUA nos últimos dias.

A fechar, destaque para o novo Campus da Universidade Nova de Lisboa, inaugurado este sábado em Carcavelos.

"Foi, talvez, das melhores coisas que o Estado fez deixando a iniciativa privada ajudá-lo a fazer", destacou.

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