Global: "Nunca tinha visto como ambição parar um país e tem pouco a ver com o direito à greve" - TVI

Global: "Nunca tinha visto como ambição parar um país e tem pouco a ver com o direito à greve"

  • SL
  • 11 ago 2019, 21:41

No espaço de comentário “Global”, Paulo Portas falou sobre a greve dos motoristas de matérias perigosas, as exigências “chantagistas” dos sindicatos e o papel de Costa para evitar uma crise dos combustíveis

No espaço de comentário “Global”, deste domingo, no Jornal das 8 da TVI, Paulo Portas falou sobre a greve dos motoristas de matérias perigosas, as exigências “chantagistas” dos sindicatos e o papel de Costa para evitar uma crise dos combustíveis.

Para Paulo Portas, o primeiro-ministro terá de responder agora a duas perguntas: vão haver gasolina e gasóleo suficientes e será que vai poder “atestar em outubro”?

Aprender com os erros faz parte da política. E Costa aprendeu com a última greve”, começou por dizer o comentador da TVI. Pediu serviços mínimos de 50 a 100% em todo o país e pôs a requisição civil preventiva em cima da mesa”.

Para Paulo Portas, esta greve dos motoristas de matérias perigosas vai ser também um teste ao limite da resistência dos sindicatos.

Eu nunca tinha visto como ambição parar um país inteiro e acho que isto tem muito pouco a ver com o direito à greve. É quase uma chantagem sobre o país”.

Para o comentador, este é um problema especialmente grave, porque “não é um caso isolado”, pois tem-se registado o crescimento de “um certo tipo de sindicância, com uma visão extremamente egoísta dos seus interesses” e que põe em causa o “bem comum”.

Saltando da visão do país para uma perspetiva global do mundo, Paulo Portas garantiu que “quando o Ocidente despertar de férias vai ver que isto não está bom, seja de que prisma for”. Por um lado, o segundo semestre de 2019 promete muita turbulência entre os EUA e a China – uma guerra comercial que vai impactar especialmente a Europa. Por outro lado, as turbulências em Hong Kong e em Taiwan estão a agitar a Ásia, que vê a Coreia do Norte a disparar mísseis regularmente. Por fim, está a desenvolver-se um conflito “muito sério entre uma das regiões mais perigosas do mundo: Paquistão e Índia, que são países nucleares”.

Para o comentador, na “Europa os sinais também são muito perigosos” e esperam repercussões já em setembro e outubro, com o Brexit, as eleições antecipadas em Itália e instabilidade política em Espanha. Para além disto, a economia alemã começa a dar sinais de falha.

Houve ainda tempo para falar sobre a crise no Mediterrâneo. O comentador da TVI garantiu que o regime que existe na Europa para a chegada de imigrantes ilegais está a condenar a Itália, a Espanha e a Grécia a um desastre e revela a inexistência da Europa nesta matéria.

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