Paulo Portas analisou esta quinta-feira, no programa "Estado da Emergência", as grandes incertezas sobre o futuro, num momento em que cerca de um terço da população mundial está obrigada a ficar em casa.
Paulo Portas sublinha que a possibilidade da existência de uma segunda vaga no outono é provável e dependerá da forma como as autoridades de saúde levantarem as medidas de confinamento e de distanciamento social. O comentador explica ainda que quanto mais duras forem as medidas de distanciamento social, mais há a possibilidade de uma segunda vaga atingir as pessoas não afetadas pela primeira.
Só a ciência, só os médicos é que nos vão ajudar a superar esta armadilha", afirma.
Sobre se o calor abranda a taxa de reprodução do novo coronavírus, Paulo Portas diz que provavelmente sim. "Mais vale a pena pôr as fichas todas na ideia de que o calor vai ser uma espécie de bónus decisivo no controlo da pandemia". O comentador explica ainda que não há evidência científica suficiente sobre se o fator calor vai realmente alterar a propagação da Covid-19.
Sim, o vírus da SARS, em 2013, nasceu no pico do inverno e desapareceu em julho e como sabemos há uma certa parecença no genoma de ambos. Mas, a comunidade médica diz que este fator é possível que não nos ajude completamente", afirma Paulo Portas.