Miguel Sousa Tavares comentou esta segunda-feira no espaço semanal do Jornal das 8 o caso do estádio de Braga e conduziu, com Pedro Pinto, entrevistas sobre a atualidade em Espanha e a Venezuela, a violência doméstica e a justiça portuguesa e o novo partido em Portugal, o Aliança.
Sobre o estádio do Braga, que a autarquia vai referendar a hipótese de o vender, Sousa Tavares diz que este faz parte uma herança de algo com que nunca concordou.
Isto é uma das heranças de uma coisa que chamaram desígnio nacional e que na altura eu sempre fui contra: o euro 2004”, referiu.
Acrescentou ainda, além do estádio de Braga, os de “Leiria, Aveiro, Faro e Coimbra”.
Guimarães é um caso diferente, porque Guimarães foi remodelado e porque Guimarães, o clube que joga lá, tem público. É o quarto clube português com mais adeptos e de facto tem adeptos. Braga não tem assistência. Teve este fim-de-semana porque fizeram o jogo às quatro da tarde e os bilhetes eram quase de borla”, sublinhou.
Miguel Sousa Tavares, com Pedro Pinto, entrevistou ainda Javier Martín del Barrio, correspondente do jornal "El Pais" em Portugal, sobre a semana que em Espanha vai ser decisiva. Para Javier, "temos um problema que é mental" em Espanha e, a haver eleições antecipadas para abril no caso de o orçamento chumbar, "pode haver uma geringonça de direita e uma de esquerda".
Ainda na politica internacional, Judite Sousa também esteve no Jornal das 8 para falar da Venezuela.
A jornalista acredita que este é um problema político, económico e humanitário que "poderá arrastar-se durante muito tempo".
Já no panorama político nacional, Pedro Santana Lopes foi entrevistado por Pedro Pinto e Miguel Sousa Tavares para falar sobre o mais recente partido português, o Partido Aliança, que assume liberal e personalista.
Para Santana Lopes, a alternativa certa para um Estado que “é mau gestor por regra”.
Um dos casos emblemáticos da forma como a justiça portuguesa lida por vezes com a violência doméstica é o que envolve o juiz Neto de Moura. Sousa Tavares entrevistou Isabel Moreira, que afirma que "quando estas sentenças saem, é o Estado que está a dizer às vítimas que interiorizem a culpa e tenham medo de se queixar".