Previsões económicas: "Oxalá o Banco de Portugal esteja certo" - TVI

Previsões económicas: "Oxalá o Banco de Portugal esteja certo"

  • Redação
  • Publicado por Rafaela Laja
  • 6 out 2020, 22:50

A situação económica esteve em análise na noite da TVI24 por Pedro Santos Guerreiro e Graça Franco

O Governo prevê uma recessão de 8% este ano e uma recuperação de 5,5% em 2021, no cenário macroeconómico que consta do Orçamento do Estado e que foi apresentado aos partidos.

Segundo a mesma previsão, o défice orçamental poderá chegar aos 7,5% este ano e cai para cerca de metade no ano que vem.

“Oxalá o Banco de Portugal acerte”, considerou o jornalista e comentador da TVI, Pedro Santos Guerreiro, que destaca que o investimento e o consumo privado “caíram muito menos do que se esperava”.

Já as exportações – onde se inclui o turismo – “caíram muito” e, por essa razão, Portugal cai mais do que a União Europeia nesse âmbito.

O jornalista destaca, por outro lado, que as boas notícias têm a ver com o consumo e investimento: os agentes económicos não ficaram tão parados como aquilo que se supunha.

Isto deve-se à gestão de expectativas. O Governo desde muito cedo começou com um discurso contra o pessimismo e esse discurso continua”

 

PIB cai menos do que o esperado em junho

Também o Banco de Portugal está alinhado com estas previsões do Governo e também divulgou previsões atualizadas. Mário Centeno explicou que, afinal, o segundo trimestre do ano correu melhor do que o esperado.

Graça Franco não consegue evitar olhar para estas previsões de uma forma diferente das anteriores e admite “algumas reservas”, achando que “se calhar, está mais a puxar para o cenário mais otimista, do que para aquilo que devia ser o cenário médio”.

Tomara que Mário Centeno tenha razão e que não haja um agravamento das previsões externas que levaria a um cenário mais pessimista. A economia curiosamente pode ser só uma profecia que tende a realizar-se."

A jornalista destaca, no entanto, que olhando para o mundo em geral, há que ter em consideração que alguns dos nossos principais parceiros, como Espanha e França, estão em reconfinamento.

Se Espanha e França não gastarem, nós podemos estar aqui muito otimistas, mas não vendemos a ninguém."

 

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