Constança Cunha e Sá acredita que o Governo está a adiar o anúncio de medidas adicionais para alcançar um défice abaixo dos 3%, ao «ignorar» as previsões da Comissão Europeia, OCDE, e outras instituições, que têm previsões mais pessimistas que o Executivo.
No comentário da TVI24, Cunha e Sá afirmou que o Governo está «a empurrar o problema para a frente», e que as «medidas [de austeridade] adicionais estão garantidas».
«Não estamos só a falar da Comissão Europeia, nem da Troika. Todas as instituições financeiras, desde a OCDE, a UTAO, o Conselho Económico e Social, a Universidade Católica… não há nenhuma instituição que acredite nos números do Governo. Portanto, é evidente que o que o Governo está a fazer é empurrar o problema para a frente. Estamos em ano eleitoral, vamos empurrar o problema e na altura logo se vê. Agora se se comprometem a ter um défice inferior a 3%, então vão ter de tomar medidas adicionais com certeza absoluta».
A comentadora acredita que o Governo terá, eventualmente, de apresentar um Orçamento Retificativo e que o Orçamento para 2015 já está a falhar antes de ter sequer sido votado na especialidade.
«As medidas adicionais estão garantidas, não temos agora, vamos ter depois num Orçamento Retificativo, o que é absolutamente extraordinário é que o Orçamento ainda não entrou em vigor, não foi sequer discutido na especialidade e não há uma alma, tirando o próprio Governo, que acredite nesta receita. Ninguém acredita neste documento, é uma ficção que o Governo atirou para a Assembleia da República e que as pessoas vão fingir que discutem, sabendo que não estão a discutir nada que corresponda à realidade», disse Cunha e Sá.
«Não há nenhuma instituição que acredite nos números do Governo»
- Redação
- EC
- 6 nov 2014, 22:46
Comentário de Constança Cunha e Sá na TVI24
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