"Referendo para a independência da Catalunha? Não é aconselhável" - TVI

"Referendo para a independência da Catalunha? Não é aconselhável"

  • AM
  • 21 out 2019, 21:35

No habitual espaço de comentário no Jornal das 8, Miguel Sousa Tavares destacou os protestos na Catalunha, a recandidatura de Rui Rio à liderança do PSD, o caso Tancos, o acordo do Brexit e a crise no Sporting

Miguel Sousa Tavares comentou hoje os protestos na Catalunha durante o seu espaço de comentário habitual no Jornal das 8. Tendo como convidada Marta Betanzos, embaixadora de Espanha em Portugal, o comentador da TVI analisou a tensão na Catalunha juntamente com Pedro Pinto.

A embaixadora espanhola considerou que "a fragmentação diminui a possibilidade de prosperar no futuro" e que não acredita que "Quim Torra represente a maioria da sociedade catalã".

"O próximo passo é dialogar. O diálogo não requer uma revisão constitucional. O diálogo significa colocar-se de acordo entre todas as forças políticas catalãs. E, neste momento, acho que há uma falta de identificação entre os interlocutores. É preciso criar condições para o diálogo. Primeiro, que se definam os interlocutores no sentido em que há uma demissão muito profunda na sociedade catalã. É importante que entre os partidos políticos da Catalunha exista diálogo", afirmou Marta Betanzos. 

Quando questionada se algum dia Madrid aceitará um referendo por parte da Catalunha, a embaixadora afirmou que o que se passa em Espanha não é uma guerra entre Madrid e a Catalunha.

"Referendo para a independência? Não é aconselhável", afirmou Marta Betanzos, acrescentando que os catalães "querem ser independentes fora dos marcos da lei".

Quanto a quando é que vão acabar os protestos, a embaixadora diz que "ainda não há resposta", mas que "o nível de tensão nas ruas está a diminuir".

O espaço de comentário de Miguel Sousa Tavares foi ainda pautado pela análise à recandidatura de Rui Rio à liderança do PSD, ao caso Tancos e ao acordo do Brexit, antes da entrevista a Sousa Cintra sobre a crise no Sporting.

Pedro Pinto começou a entrevista da mesma forma que começou com a embaixadora de Espanha em Portugal: "Como e quando é que isto vai acabar?" no Sporting.

"Vai acabar quando houver um diálogo sério e construtivo. Sem diálogo as coisas não se resolvem", afirmou o antigo presidente do Sporting, considerando que o que se tem passado no clube "é falta de diálogo".

Confessando que o assunto com as claques lhe "faz alguma confusão", Sousa Cintra considerou que "Frederico Varandas não tem sabido conduzir as coisas".

"As claques fazem falta aos clubes. Naturalmente que tem de haver respeito", disse, lembrando que o Sporting tem quatro claques que já ajudaram o clube em situações fulcrais.

Miguel Sousa Tavares acabaria por discordar de Sousa Cintra, questionando "que diálogo é que pode haver com esta claque que só não fez uma Alcochete noutro dia no pavilhão de Alvalade porque não calhou". 

"Se não há diálogo, a guerra continua. Com guerras ninguém ganha", afirmou.

Dada a falta de diálogo que diz existir no Sporting, Sousa Cintra considera que atualmente "falta liderança ao Sporting" e que "é preciso saber governar" o clube", competências que não reconhece ao atual presidente leonino.

"Frederico Varandas não tem jeito para ser presidente do Sporting", reiterou.

Continue a ler esta notícia