Manuela Ferreira Leite: CGTP e a UGT "não podem achar graça a tantas organizações sindicais autónomas" - TVI

Manuela Ferreira Leite: CGTP e a UGT "não podem achar graça a tantas organizações sindicais autónomas"

    Manuela Ferreira Leite
  • CE
  • 1 mai 2019, 23:11

Manuela Ferreira Leite, no seu espaço de comentário na 21ª Hora da TVI24, comentou o debate entre Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, e Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, no Jornal das 8, sobre as novas formas de sindicalismo. Não se mostrou surpreendida por não ter havido um confronte verbal, mas afirma que a CGTP e a UGT "não podem achar graça a tantas organizações sindicais autónomas". Relativamente à celebração do 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, disse que "o 1.º de Maio é um símbolo" e e não vê "motivo para que os símbolos deixem de se comemorar ou de assinalar"

Manuela Ferreira Leite, no seu espaço de comentário na 21ª Hora da TVI24, comentou o debate entre Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, e Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, no Jornal das 8, sobre as novas formas de sindicalismo.

Eu quando vi o anúncio do debate não fiquei à espera de haver um confronto verbal entre os dois. Porque, se pensarmos na lógica de cada um, não se esperaria que isso acontecesse"

A comentadora da TVI afirma que estas grandes organizações sindicais - a CGTP e a UGT - não podem "hostilizar" estes novos sindicatos autónomos, mas sim valorizá-los e, de certa forma, mantê-los "debaixo da asa".

A CGTP como a UGT, grandes organizações sindicais, não podem achar nenhuma graça a que tenham já surgido tantas organizações autónomas destas duas grandes organizações (...) Por um lado valoriza-os, e, por outro lado, vai tendo-os sempre debaixo da asa"

Manuela Ferreira Leite considera que estes novos sindicatos têm força suficiente para impor as suas reivindicações, mas não considera "justo receberem determinados benefícios que a colectividade de outros grupos conseguirão ter".

O que dá força às organizações sindicais é a assinatura dos contratos colectivos. Como sabemos, na era em que houve poucos contratos coletivos, eles sentiam-se bastante diminuídos"

Disse ainda que as decisões que têm de ser tomadas por parte do Governo, em relação às reivindicações sindicais, têm de ter por base o interesse geral, devido às consequências que isso poderá ter no país. E, acrescenta, se assim não for "isso pode dar aso a que não haja nenhum controlo sobre assuntos sindicais que, efectivamente, em democracia todos desejamos que existam"

Não há consequências só num sector específico, nem só em empresas, é uma consequência genérica para o funcionamento de uma economia, de um país e embarca milhares de pessoas".

Mostrou-se ainda preocupada com o surgimento destes movimentos, destas novas forma de sindicalismo, que têm havido e que isso revela "uma tendência e um desmoronamento de uma organização sindical"

Desde que o atual Governo está em funções, cerca de quatro anos, já foram criados 50 novos sindicatos sendo que, deste total, apenas cinco são filiados na CGTP ou na UGT. 

Relativamente à celebração do 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, Manuela Ferreira Leite disse que "o 1.º de Maio é um símbolo e não vejo motivo para os símbolos deixem de se comemorar ou de assinalar"

A ideia da insatisfação dos trabalhadores, e das suas reivindicações, é algo que existirá sempre". 

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