Eutanásia: Manuela Ferreira Leite admite que Marcelo possa vetar diploma - TVI

Eutanásia: Manuela Ferreira Leite admite que Marcelo possa vetar diploma

    Manuela Ferreira Leite
  • RL
  • 20 fev 2020, 23:16

A despenalização da eutanásia foi um dos temas do comentário semanal de Manuela Ferreira Leite, na 21ª Hora da TVI24

Manuela Ferreira Leite, antiga ministra das Finanças, pronunciou-se mais uma vez contra a despenalização da eutanásia e admite que Marcelo Rebelo de Sousa possa vetar o diploma aprovado esta quinta-feira.

Sobre o debate desta quinta-feira, a ex-ministra considerou que os “resultados não se discutem, mas todo o processo é realmente muito criticável”.

“127 votos não representam dois terços da Assembleia, que é o necessário para aprovar diplomas”, realçou, acrescentando que a despenalização, aprovada com base na consciência pessoal dos deputados, “mexe com os princípios e o valor de um país”.

127 consciências não podem ser o espelho de vários milhões de consciências”, considerou Manuela Ferreira Leite.

Manuela Ferreira Leite reforçou ainda que esta matéria não tem legitimidade política para ser feita apenas pelos deputados.

Se já tinha havido uma discussão e uma votação sobre essa matéria, não podemos repetir tantas vezes até que as consciências se alterem”, frisou.

Sobre o que pode fazer o Presidente da República, “admito que possa vetar o diploma, não porque pessoalmente nós sabemos qual é a posição do Presidente da República, mas porque sendo Presidente da República e tendo ele consciência do que é a dimensão deste problema”

Admito que ele [Marcelo Rebelo de Sousa] não ponha o seu pensamento pessoal numa decisão desta natureza”, disse Manuela Ferreira Leite.

Sobre o futuro do Ministro das Finanças, Mário Centeno, numa possível transferência para o Banco de Portugal, Manuela Ferreira Leite considerou que este tem toda a competência para desempenhar a função

“O que me custa aceitar é o facto de ele ser ministro das Finanças o impeça de ser governador do Banco de Portugal”, disse a antiga ministra das Finanças.

“Há uma desconfiança permanente sobre tudo o que são funções políticas ou de grande exposição pública”, acrescentou.

A TAP também foi um dos temas do comentário desta semana, que confessou ser "um tema que me chama muito à atenção e me deixa perplexa“.

"Quando eu vejo um ministro que é representante de um Governo, que é acionista de uma empresa, que renunciou a competências de uma forma quase insultuosa, publicamente, fazer críticas da forma como o ministro fez, eu pergunto onde é que nós estamos", comentou Manuela Ferreira Leite.

“Como é que é possível que um representante de um acionista fale daquela forma, publicamente, tão desabrida e tão ofensiva relativamente a outro acionista, afinal está lá a fazer o quê?”, acrescentou.

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