«Governo teve tudo na mão e é fator de instabilidade política» - TVI

«Governo teve tudo na mão e é fator de instabilidade política»

«Governo teve tudo na mão e é fator de instabilidade política»

Constança Cunha e Sá comenta dois anos de governação PSD/CDS-PP

Constança Cunha e Sá diz que o principal fator de instabilidade política neste momento «chama-se Governo». Referindo-se às declarações desta quarta-feira à noite do primeiro-ministro, a comentadora afirmou, na TVI24, que Portugal está pior do que em 2011 e que nenhum português tem medo de voltar à situação em que estava há dois anos.

«O Governo teve tudo na mão e, neste momento, é um fator de instabilidade política. Já nem falo das guerras da coligação», referiu Constança Cunha e Sá, no espaço de análise nas «Notícias às 21:00».

No dia em que passaram dois anos desde as últimas eleições legislativas, e em que Pedro Passos Coelho se declarou orgulhoso do trabalho feito pelo Governo, a comentadora sublinhou que os números publicados, esta quarta-feira, pelo INE e também pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental traçam «o retrato de um país que não tem saída, com a economia numa situação completamente de rastos».

«Agora o problema é que ele [Passos Coelho] disse: vamos voltar a 2011. Voltar a 2011, se nós fizermos as contas, estamos pior agora do que estávamos em 2011. Em todos os indicadores, sejam eles quais forem, estamos piores. Portanto, voltar a 2011 não me parece que seja uma coisa dramática, hoje em dia, para os portugueses. Qualquer português pensa: estou pior hoje. Recebo menos ou estou desempregado, ou não tenho reforma», defendeu Constança Cunha e Sá.

A comentadora sublinhou, por isso, que não consegue perceber como é que este Governo tem condições para Governar. Constança Cunha e Sá vaticinou que a saída da troika vai ditar o fim do Executivo.

«Isto é um beco sem saída. Um Governo a desfazer-se aos poucos, em que cada ministro diz o que lhe apetece e desencontrado. Em que não há política nenhuma de longo prazo, em que não há estratégia, em que não há discurso, em que não há nada, e que se vai decompondo à medida que o tempo passa. (...) Com guerras intestinas, a saída da troika vai assinalar o fim do Governo. Nessa altura, eu acho que o CDS sai do Governo», avançou.
Continue a ler esta notícia

Mais Vistos