P.S. (Para Seguir) é um espaço assinado pelo jornalista Nuno Travassos, que pretende destacar jogadores até aos 21 anos.
A França teve o “azar” de cruzar-se com a Espanha tanto no Europeu como no Mundial de sub-17, sendo eliminada em ambas as ocasiões (quartos e oitavos de final, respetivamente), mas Amine Gouiri aproveitou estas competições para mostrar que é um goleador em produção.
O avançado do Lyon foi o melhor marcador do Europeu da Croácia, com oito golos (mais um no playoff de apuramento para o Campeonato do Mundo, que não entra nas contas da UEFA), e depois apontou mais cinco tentos na Índia.
Mas avaliar Gouiri pela estatística de golos marcados é fechar os olhos ao que é tão ou mais relevante. É raro que assim seja, mas neste caso a eficácia tem classe. O talento nascido em Bourgoin-Jallieu está longe de ser apenas um homem de área, um puro finalizador.
É (também) um avançado que gosta de ter alguma liberdade, de fazer combinações rápidas com os colegas, sendo que a mistura explosiva entre capacidade técnica e poder de aceleração faz depois a diferença na definição.
Tem atributos para tornar-se mais letal no jogo aéreo, assim como mais incisivo na organização defensiva, mas é normal que assim seja, com 18 anos recém-cumpridos (16 de fevereiro).
Francês de ascendência argelina e formado no Lyon, Amine Gouiri é inevitavelmente comparado a Karim Benzema, algo que, por mais perigoso que seja, não deixa de fazer sentido perante o perfil em maturação.
No Lyon desde 2013, Gouiri foi convocado para um jogo da equipa principal com apenas 16 anos, com a estreia a concretizar-se no passado dia 19 de novembro, frente ao Montpellier (empate a zero).
Com oito jogos já somados entretanto, Gouiri é mais uma promessa fabricada na conceituada academia do Lyon.