«Abel tem muitas semelhanças com o Felipão, tem dom de líder» - TVI

«Abel tem muitas semelhanças com o Felipão, tem dom de líder»

Abel Ferreira

Rubens Júnior venceu a Libertadores pelo Palmeiras sob o comando do antigo selecionador e jogou ao lado do atual técnico do verdão

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Rubens Júnior considera que o treinador do Palmeiras, Abel Ferreira, prestes a disputar a final da Taça Libertadores, tem um «dom de líder» como o de Luiz Felipe Scolari, técnico que venceu a prova pelos brasileiros.

O antigo lateral esquerdo, que, em Portugal, representou FC Porto e Vitória de Guimarães, participou na única conquista da Libertadores pelo emblema de São Paulo, em 1999, e recorda que o «coletivo muito forte» de então se deveu à liderança do antigo selecionador do Brasil e de Portugal, característica que também vê em Abel Ferreira, na antecâmara da final com o Santos, agendada para sábado, às 17:00 locais (20:00 em Lisboa).

«O Palmeiras tem um futebol envolvente, que agrada e convence. Não chegou à final por acaso. O Abel fez um trabalho fantástico. É um profissional que está cada vez mais a ganhar o seu mercado. Estou a torcer por ele. Tem muitas semelhanças ao Felipão. Ele tem dom de líder. Quando se tem dom de líder, uma equipa boa e se trabalha bem, vai-se ter sucesso», disse à agência Lusa o antigo jogador.

Rubens Júnior jogou com Abel Ferreira no Vitória de Guimarães, nas épocas 2002/03 e 2003/04, e lembra que o então lateral direito era já interventivo no balneário, procurando «mostrar caminhos» à equipa, independentemente de estar ou não a jogar, pelo que o êxito em São Paulo, com a chegada à final da principal competição sul-americana de clubes, não o surpreende.

«No Vitória, ele já era treinador. Nem preciso de estar dentro do balneário do Palmeiras para saber o recado que ele passa, como lidera os jogadores», acrescentou.

Para o antigo futebolista brasileiro, o Palmeiras de hoje é uma equipa «homogénea, que se distingue pelo coletivo», ao passo que o verdão de 1999 tinha individualidades como Roque Júnior, Alex e Paulo Nunes - passou pelo Benfica em 1996/97 -, que formaram uma equipa forte.

«Tínhamos uma equipa individualmente melhor do que a de hoje. Conseguimos fazer com que ela também fosse forte no coletivo. Não falo dentro de campo apenas. Era um coletivo fora de campo. A respeitávamo-nos e torcíamos uns pelos outros», compara.

Rubens Júnior considera que o «equilíbrio», a «boa preparação antes do jogo» e até a «sorte» são ingredientes essenciais para decidir uma final, duelo em que «não existem favoritos», a não ser quando se trata de um mundial de clubes, prova em que as formações europeias têm, a seu ver, mais hipóteses de sucesso.

«O Palmeiras tem chances, assim como o Santos. A tradição do Santos é muito forte. É uma equipa que, quando chega às finais, é complicada. No campeonato brasileiro, não está tão bem [Palmeiras é quinto e Santos é 10.º], mas tem uma equipa também forte», disse, em referência ao peixe, que venceu a prova em 1962 e 1963, com Pelé, e em 2011, com Neymar.

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