Covid-19: internamentos nos Cuidados Intensivos quase duplicaram num mês - TVI

Covid-19: internamentos nos Cuidados Intensivos quase duplicaram num mês

  • Agência Lusa
  • BMA
  • 17 dez 2021, 15:23
Ministra da Saúde inaugura nova Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Santa Maria

Linha vermelha para as UCI é atingida a partir das 287 camas ocupadas

Os internamentos por covid-19 em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) quase duplicaram no último mês e vão a meio do limite definido para a linha vermelha, segundo o Governo.

De acordo com os números divulgados pela ministra da Saúde na conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, estavam internados 76 doentes em UCI na semana de 8 a 14 de novembro, um valor que subiu para 144 doentes na semana de 6 a 12 de dezembro.

O documento que serviu de suporte às declarações da ministra Marta Temido mostra ainda que a linha vermelha para UCI é atingida com o internamento de 287 doentes ou mais.

Questionada sobre o peso da nova variante Ómicron nas hospitalizações e nos internamentos em cuidados intensivos, Marta Temido remeteu mais informação para as unidades hospitalares.

Na conferência de imprensa, o investigador Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), reconheceu que “a expressão em aumento de hospitalizações [da nova variante] ainda é uma grande incógnita” e que vai depender essencialmente de dois fatores: da maior ou menor gravidade da infeção e da efetividade das vacinas contra doença grave.

Segundo disse, "ao que tudo indica", a gravidade da infeção pela variante Ómicron “será igual ou menor em relação à Delta”.

É sobre esta efetividade, aliás, que os investigadores têm mais dúvidas, desde logo porque “os estudos são muito recentes e com grande incerteza”.

Nesse sentido, sublinhou, “um indicador que vai ser muito importante” é o das pessoas com mais de 70 anos, que já têm a dose de reforço da vacina.

“Se a incidência aumentar neste grupo, há pouco reforçado, será sinal de que a vacina não está a ter o impacto desejado”, assinala o investigador.

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