BPN: relatório servirá para «perseguir criminosos» - TVI

BPN: relatório servirá para «perseguir criminosos»

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Documento será enviado para a PGR. CDS-PP avisa que PS passou a ser «conivente com o que se passou de mal» na supervisão do Banco de Portugal

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O deputado do PS, Ricardo Rodrigues, disse esta terça-feira no final da última reunião da comissão de inquérito ao caso BPN, que aprovou o relatório sobre os trabalhos com o voto favorável da maioria socialista, que o documento será enviado para a «PGR para que os criminosos sejam perseguidos».

Descontente com as conclusões, que não integraram qualquer proposta do CDS-PP, o deputado Nuno Melo acusou o PS de servir de «corrente de transmissão do Governo», sublinhando que «os socialistas serviram-se da maioria para evitar que outros fosse avaliados», o que torna o partido «conivente com o que se passou de mal».

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«Com estas conclusões assumem que a supervisão esteve bem», disse ainda, frisando que o satisfaz não ver no documento «nenhuma proposta do CDS-PP»: «Ainda bem; se incluísse teria de pedir ao PS que as retirasse», uma vez que não reflectem o posicionamento dos democratas-cristãos sobre a matéria.

O comentário de Nuno Melo valeu novas críticas do deputado do PS, Ricardo Rodrigues, que acusou o centrista de «querer a cabeça do governador do colo» e de ter sido um documento do governador do Banco de Portugal, que faz referência ao trabalho do antigo ministro Bagão Félix, no que diz respeito ao aumento do défice, a espoletar um ajuste de contas.

«Não somos ingénuos; os partidos tinham motivações políticas e desde o primeiro dia que sabíamos que iam votar contra». Ricardo Rodrigues afirmou que foram incorporadas 16 propostas do PCP e 5 do PCP «apesar de já se saber que esses grupos parlamentares terem decidido votar contra».

Já o PCP aproveitou a última reunião para reiterar que o PS exclui das conclusões finais as «críticas à supervisão», apesar de terem incluído algumas propostas do PCP.

«O facto de terem sido integradas algumas conclusões do PCP e do PSD não altera o fundamental deste relatório, e não altera a tentativa de branqueamento das responsabilidades da supervisão».

Após seis meses trabalho parlamentar, os trabalhos terminaram em tom aprazível, com o deputado do CDS-PP a pedir ao PCP para não ir no «canto da sereia» por ver incluídas algumas das suas propostas, num comentário à «deputada-sereia»; um jogo de palavras que Maria de Belém Roseira, que presidiu aos trabalhos ao longo de mais de 50 comissões, fez questão de travar, recordando os deputados da necessidade de uma linguagem adequada no seio do Parlamento.

Os trabalhos chegaram ao fim com mensagens de agradecimento e um voto de bom trabalho ao recém-eleito eurodeputado Nuno Melo, que revelou partir segunda-feira para Bruxelas.

«Vai sentir muito a falta do Parlamento. Em Bruxelas disporá de menos tempo para intervir», gracejou Maria de Belém, num comentário às longas participações nos trabalhos com o deputado do CDS-PP brindou a comissão de inquérito ao caso BPN.
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