Sub-21: República Checa-Portugal, 1-0 - TVI

Sub-21: República Checa-Portugal, 1-0

Rui Jorge (José Coelho/Lusa)

Iuri Medeiros foi a estrela maior num encontro marcado pela ausência de fortuna

A seleção portuguesa de sub-21 perdeu na República Checa, por 1-0, e mantém a tradição de não ser feliz nos encontros de preparação. Depois de uma fase de qualificação 100% vitoriosa (10 vitórias em 10 jogos), a equipa das quintas soma duas derrotas [Inglaterra e República Checa] e um empate [Dinamarca] diante de três finalistas do Campeonato da Europa.

FICHA DO REPÚBLICA CHECA-PORTUGAL

DESTAQUES PORTUGUESES DIANTE DA REPÚBLICA CHECA

Ainda assim, nem tudo é mau.

O último teste das esperanças portuguesas antes de ser conhecido o batalhão que Rui Jorge escolherá para o Europeu, que se disputa este ano na República Checa, sublinhou a ideia de que o selecionador tem ao seu dispor um lote de opções recheado de qualidade.

Mesmo considerando que, frente aos anfitriões da prova, faltaram alguns dos habituais protagonistas, como Raphael Guerreiro, Rúben Vezo, Paulo Oliveira, Bernardo Silva, Rafa e Ivan Cavaleiro, quem foi chamado mostrou credenciais.

Uns mais que outros, é certo, mas há um nome que imergiu acima de todos os outros: Iuri Medeiros.


O jogador formado no Sporting, que cumpre um período de maturação em Arouca, participou em quase tudo o que de bom a equipa fez.

Entrou para o lugar de Bruma, ainda no decorrer da primeira parte, acertou com uma bomba na barra que deixou sensação de golo, deixou Rony Lopes com a baliza escancarada e, ainda, tentou aproveitou a estampa de Ilori no jogo aéreo.

Nada resultou e, por vezes, houve mesmo alguma farta de fortuna. A provar isso estão as três bolas na barra [João Cancelo, Iuri Medeiros e Rony Lopes] que não deram o devido desfecho a jogadas bem delineadas que mereciam acabar dentro das redes checas.

Assim não aconteceu.

Do outro lado o perigo vinha, sobretudo, dos pés de Prikryl. O médio ofensivo, com nome difícil de pronunciar mas que vale a pena fixar, foi ator principal nos dois melhores momentos da sua seleção durante a primeira parte, fazendo tudo bem até à altura do remate. Aí imitou os portugueses e revelou pouco acerto.

A segunda parte foi marcada por substituições, de lado a lado, e por pinceladas de classe de Iuri Medeiros. O açoriano tentou a meia distância, saiu rente ao poste, e ofereceu o golo a Rony Lopes no lance supracitado em que falhar a baliza parece mais difícil do que meter a bola as redes.


O desacerto, na maior parte das vezes, resolve-se num esquema tático. E foi o que aconteceu. Daniel Fernandes cometeu grande penalidade aproveitada por Skalak para dar a vitória aos checos.

Parece frio, mas foi a realidade.

Portugal caiu, é verdade, mas não envergonhou. Aliás, a derrota no Eden Arena pode, muito bem, servir para tirar ilações para que a equipa seja feliz no regresso.

Afinal aquele será o placo da final do Euro 2015 onde a seleção portuguesa tem legitimas ambições de estar.
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