Combate à corrupção fora do pacto da Justiça - TVI

Combate à corrupção fora do pacto da Justiça

Cavaco Silva

Economia, educação e qualificação, segurança social, justiça e sistema político. «Cinco matérias de Estado» nas palavras do Presidente da República, cinco áreas onde devem existir «entendimentos alargados».

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Mas se um já foi firmado e a segurança social é agora objecto de discussão, os principais partidos mostram-se muito cautelosos na extensão desta política de consenso a outras áreas, adianta esta terça-feira o «Diário de Notícias».

Particularmente o PSD, excepção feita à vontade de convergência na segurança social, Azevedo Soares, primeiro vice-presidente do partido, garante que «não há mais nada no horizonte».

Para o dirigente social-democrata, entendimentos com o Governo só se justificam em situações particulares, caso de «duas áreas emblemáticas» como a justiça ou a segurança social.

Fora deste âmbito a função do PSD é «ser oposição». «O nosso papel é o de ter propostas alternativas ao Governo. Entendimentos só em situações excepcionais».

Curiosamente, o PS que, pela voz do primeiro-ministro, tem sido contundente na recusa de pactos mostra agora uma posição menos fechada.

Vice-presidente da bancada parlamentar e porta-voz da comissão permanente do partido, Vitalino Canas referiu ontem que a convergência é uma solução admitida pelos socialistas. «Sempre que for possível, certamente que o PS o fará». Sob condições.

«O PS tem um programa a cumprir» e convergências sim... «se o entendimento com outros partidos facilitar a execução do programa de Governo». O que parece não acontecer com as propostas dos sociais-democratas para a segurança social, diz Vitalino Canas.

Já na educação, uma área que o Presidente da República apontou, no discurso de tomada de posse, como sendo decisiva para o desenvolvimento do País, a titular da pasta manifesta também reservas. «Não tenho sentido que seja necessário fazer um pacto», afirmou ontem a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.
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