Portas não quer que Sócrates assine o contrato do TGV

Paulo Portas afirmou hoje que, para José Sócrates ser coerente, tem que desistir da adjudicação do TGV, que, segundo o líder do CDS-PP, ainda é provisória e só passará a definitiva este fim de semana.

À margem de uma conferência na Escola Secundária Manuel Laranjeira, em Espinho, Paulo Portas referia-se às declarações em que o primeiro ministro se mostrou disposto a «repensar» grandes obras ou grandes investimentos públicos que ainda não estivessem adjudicados, refere a Lusa.

O líder do CDS pede, por isso, que Sócrates «seja coerente - que não assine nos próximos dias o contrato do TGV, porque só há uma adjudicação provisória, e que não se comprometa com a nova ponte [sobre o Tejo], que ainda está em fase de projecto».

Incluindo o novo aeroporto no leque de projetos a reconsiderar, Paulo Portas declara que não está em causa «o mérito de cada obra, mas sim a possibilidade de o país a concretizar em termos financeiros».

«O primeiro-ministro que escolha a contenção e a prudência em vez de estar sempre a fugir em frente com factos consumados», recomenda o líder do CDS. «Num momento em que o país já paga por ano cinco mil milhões de euros pela nossa dívida pública e em que as taxas de juro por essa dívida estão a um preço caríssimo, a opção razoável e prudente é não comprometer mais o Estado».