Não há legitimidade política para a esquerda formar executivo - TVI

Não há legitimidade política para a esquerda formar executivo

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse que qualquer tentativa da esquerda para chegar ao poder “na secretaria” estará “ferida de ilegitimidade desde o primeiro dia”

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse hoje que qualquer tentativa da esquerda para chegar ao poder “na secretaria” estará “ferida de ilegitimidade desde o primeiro dia”.

Paulo Portas, que falava no primeiro jantar do CDS-PP após as eleições, para dar posse à concelhia da Feira do partido.
 

“O que está em causa é saber hoje se o voto dos portugueses prevalece face a tentativas de secretaria, como no tempo do PREC (Período Revolucionário Em Curso) havia quem dissesse que a legitimidade revolucionária se sobrepunha ao voto"


O líder centristas disse que “não é uma questão de legalidade, mas de legitimidade" e que "se querem tentar na secretaria chegar ao poder, [tal Governo] estará ferido de ilegitimidade política desde o primeiro dia”.

Portas justificou ter hoje tomado posse porque a coligação ganhou as eleições e o PS perdeu e essa é a regra em democracia.
 

“Sem maioria absoluta e, por isso, a coligação entendeu que deve governar e procurar compromissos em diálogo com o maior partido da oposição”


Para Portas, os resultados das eleições legislativas de 04 de outubro passado transmitiram um sinal de continuidade, “porque os portugueses disseram que não querem mais aventuras com o défice e com a dívida”, e de evolução, no sentido de uma política realista e gradualista de recuperação de rendimentos.

Salientando que “mais de 80% dos deputados eleitos acredita no projeto europeu”, o líder do CDS-PP disse que “muitos portugueses estranham o que está a acontecer e temem o impacto negativo e as consequências económicas” que daí possam advir.

Aludiu às “negociações muito pouco públicas” entre o PS, PCP e BE, para lembrar António Costa de que afirmou que só bloquearia um Governo da coligação se conseguisse transformar a maioria negativa no parlamento em maioria positiva de executivo.

Portas questionou, por isso, onde estão os sinais consistentes de estabilidade e duráveis para tal, sublinhando as diferenças acentuadas entre o PS e o PCP em matérias como o Tratado Orçamental, as metas do défice ou mesmo a presença no euro.
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