«Portas discordou da TSU, mas não quis abrir uma crise política» - TVI

«Portas discordou da TSU, mas não quis abrir uma crise política»

Garantia é de Nuno Melo, vice-presidente do CDS-PP

O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo afirmou que o líder do partido, Paulo Portas, «teve conhecimento» da medida de redução da TSU, discordou dela e apresentou alternativas, mas «não quis abrir uma crise política».

«O que é importante para nós no CDS que hoje ouvimos o presidente do partido é saber que o presidente do partido teve conhecimento da medida, discordou da medida, apresentou as razões da sua divergência, propôs alternativas, mas não quis, e bem, abrir uma crise política, assegurando a coesão de que Portugal precisa para atravessar um momento que é de verdadeira emergência nacional», disse Nuno Melo aos jornalistas.

O vice-presidente democrata-cristão fez aos jornalistas um ponto da situação da reunião do conselho nacional do CDS-PP, que decorre desde as 17:00, no Porto. Paulo Portas falará no domingo, às 12:00.

Confrontado com o facto de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter dito, na entrevista à RTP, que o ministro do CDS Pedro Mota Soares esteve envolvido na preparação da medida da Taxa Social Única (TSU), Nuno Melo não quis comentar.

«O CDS tem presente que a consequência para uma rutura de uma coligação ou para a abertura de uma crise política seria dramática para o país e não é na verdade intenção do CDS abrir uma crise política», afirmou.

Nuno Melo declarou o «compromisso do CDS, até à conclusão do processo orçamental, em trabalhar para apresentar alternativas» às medidas já anunciadas e «até à conclusão deste processo orçamental encarar aquilo que foi anunciado como algo que não está encerrado».

Pelo contrário, defendeu um «trabalho político, parlamentar, legislativo, do Governo» e com o «empenho» do CDS para que «muito possa ser alterado».

O vice-presidente democrata-cristão afirmou que, ao contrário do PS, o CDS quando tem que escolher entre o partido e o país, escolhe o país e desvalorizou as divergências na coligação.

«Uma coligação não é uma fusão», defendeu, considerando que «não vem mal ao mundo o facto de o CDS divergir e até que as pessoas percebam que o CDS divergiu».



«A consequência de um partido que diverge não tem que ser a rutura e o CDS não optou pela rutura. A coligação está coesa e o CDS, assegurando essa coesão, dará também o seu empenho para que tudo possa melhorar», declarou.
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