Magalhães: Sonaecom não realizou 70 milhões das contrapartidas - TVI

Magalhães: Sonaecom não realizou 70 milhões das contrapartidas

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Dos 115 milhões de euros, «menos de 50 milhões de euros» foram realizados

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O presidente da Sonaecom, Ângelo Paupério, disse hoje que a operadora ainda tem por realizar cerca de 70 milhões dos 115 milhões de euros das contrapartidas destinadas ao programa e.iniciativa, que inclui o programa e.escola.

Perante os deputados da comissão de inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), o presidente da Sonaecom disse que, dos 115 milhões de euros, «menos de 50 milhões de euros» foram realizados. «Estão por realizar cerca de 70 milhões de euros», adiantou.

Recorde-se que o ex-ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Mário Lino afirmou, durante a sua audição na comissão de inquérito, que os operadores já tinham realizado a totalidade das contrapartidas.

Ângelo Paupério disse que a Sonaecom deu um contributo de 100 mil euros para o programa e.escolinha, no âmbito do qual foram distribuídos os computadores Magalhães.

O presidente da Sonaecom afirmou, à margem da audição, não saber se o contributo para o programa e.escolinha foi aceite como contrapartida.

Durante a audição, os deputados da oposição confrontaram Ângelo Paupério com o facto de os operadores de telecomunicações terem assinado em julho de 2008 o acordo que criou o e.escolinha e só em abril de 2009 terem assinado os contratos em que foram definidos os termos e as condições deste programa.

«Houve partes do processo que se adiantaram à formalização do processo», admitiu o presidente da Sonaecom, referindo que «demorou muito tempo para que os acordos fossem transformados em contratos».

«Seria desejável que os contratos tivessem aparecido mais cedo, mas o que é certo é que os contratos refletem, de uma forma muito fiel, o que estava nos acordos», acrescentou.

Em resposta ao deputado do CDS-PP Hélder Amaral, Ângelo Paupério disse que a Sonaecom não participou em qualquer «programa específico» de promoção associado ao computador Magalhães.

A comissão de inquérito à FCM visa saber em que moldes foi adjudicado o fornecimento dos computadores Magalhães à JP Sá Couto e apurar o destino das verbas das contrapartidas das licenças para os serviços móveis de terceira geração.
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