Governo e Liga lançam cartão de adepto para claques e auditoria a estádios - TVI

Governo e Liga lançam cartão de adepto para claques e auditoria a estádios

Medidas resultantes da reunião desta segunda-feira, com vista à próxima época

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A introdução de um cartão de adepto para quem queira entrar com material de claque, bem como auditorias aos estádios dos clubes da I Liga, foram algumas das medidas confirmadas na sequência da reunião entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e o Governo, através do Ministério da Administração Interna (MAI), esta segunda-feira.

A pedido da Liga, o seu presidente, Pedro Proença, esteve reunido com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita e com o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, na sequência de vários episódios com pirotecnia no futebol, num encontro solicitado e precipitado pelos incidentes no dérbi entre Sporting e Benfica, a 17 de janeiro.

Em nota oficial à imprensa, o Governo refere que «vão ser realizadas auditorias de segurança aos estádios da I Liga, através da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD), Forças de Segurança e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil», para que dessa «avaliação das condições físicas», sejam «determinadas as alterações a introduzir nos estádios» com vista aos jogos na próxima época.

O controlo no acesso do público aos estádios, em jogos de risco elevado, vai ter «medidas adicionais», sendo que «na próxima época desportiva entra em vigor o cartão de adepto», documento que vai possibilitar, de acordo com o MAI, «a identificação de todos os adeptos que pretendam assistir a um espetáculo desportivo, nas zonas reservadas a adeptos que queiram ser portadores de materiais de claque», como bandeiras, faixas ou material sonoro.

Nesta altura, frisa o MAI, desde a criação da APCVD e em casos decididos por esta entidade, «mais de 60 adeptos» foram já «alvo de decisão de interdição de acesso a recintos desportivos», cerca de metade já em vigor.

Aos jornalistas, à saída do encontro, Pedro Proença frisou que era necessário o Governo «assumir as responsabilidades nesta matéria». «Basta deste tipo de violência», afirmou o dirigente da Liga, que se fez acompanhar por mais três representantes do organismo na reunião: Sónia Carneiro, Helena Pires e Rui Caeiro. Do lado do Governo, fez-se ainda representar o Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís.

Liga e Governo informaram, na sequência da reunião, que vai haver um novo encontro entre as partes dentro dos próximos 30 dias, para avaliação das medidas anunciadas, a implementar.

O organismo liderado por Pedro Proença refere ainda, em nota oficial, que vai acompanhar o MAI «na avaliação de todos os sistemas de CCTV dos estádios» nas próximas duas semanas, «para que todos os prevaricadores possam ser, efetivamente, erradicados dos recintos desportivos» do futebol profissional em Portugal.

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