Proença: «Jogos em canal aberto? Ideia não é só defendida pela Liga» - TVI

Proença: «Jogos em canal aberto? Ideia não é só defendida pela Liga»

Pedro Proença :: Tomada de Posse Liga 2019/2023 (Estela Silva/LUSA)

Presidente da Liga portuguesa dá exemplos de Alemanha e Itália e garante que estará no organismo «enquanto os clubes quiserem»

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O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, afirmou esta segunda-feira que a ideia de transmitir os jogos que restam da época 2019/2020 não é exclusiva do organismo, dando como exemplos o que está a acontecer na Alemanha e a ponderação sobre o mesmo assunto em Itália.

«Penso que essa ideia não é só defendida pela Liga Portugal. Foi defendida pela Bundesliga [Alemanha] e está agora a ser discutida pela Liga italiana (Lega). É fácil perceber o que se pretende. Sabemos que vamos ter jogos à porta fechada, o público não vai poder aceder à visualização dos jogos. O que tentámos potenciar foi que a entidade governamental pudesse injetar dinheiro nos canais generalistas, que estes pudessem adquirir conteúdos dos operadores, os operadores poderem ser ressarcidos de toda a penalização que tiveram durante estes dois meses e poderem pagar aos clubes, os seus verdadeiros clientes, além de não ter pessoas aglomeradas à volta do estádio quando os jogos acontecerem e proporcionar, num momento difícil para as famílias portuguesas, [que estas] assistam aos jogos», explicou o dirigente, esta tarde, aos jornalistas, à saída de uma reunião na Câmara Municipal do Porto, com o presidente, Rui Moreira.

A LPFP vai discutir o futuro de Pedro Proença numa Assembleia Geral (AG) em junho, depois do desagrado de alguns clubes, devido a uma carta escrita pelo antigo árbitro ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a sugerir que os jogos do campeonato fossem transmitidos em sinal aberto.

Esta segunda-feira, o Cova da Piedade, que deixou a direção da Liga, pediu a saída de Pedro Proença, facto ao qual o líder do organismo respondeu com a naturalidade democrática existente.

«Há alturas que temos clubes mais satisfeitos, insatisfeitos. Aceitamos, com a normalidade possível e ainda mais quando tivemos de tomar decisões difíceis, quando o Governo decidiu suspender a II Liga. Tendo de assumir uma classificação final, evidente que as decisões agradam a uns e a outros não agradam. O que eu tenho dito aos clubes é que a Liga é dos clubes e o presidente da Liga estará só na Liga enquanto os clubes quiserem. O momento de responsabilidade é de retomar as competições profissionais, se não retomarem, teremos realidades em estado de insolvência. Quanto ao resto, o presidente estará sempre disponível para todas as propostas», sublinhou, sem responder, por fim, se vai apresentar a demissão na AG de 9 de junho.

Nas decisões da II Liga, a 5 de maio, foi deliberada a promoção de Nacional e Farense à I Liga e as descidas de Cova da Piedade e Casa Pia ao Campeonato de Portugal, decisão da qual o clube de Almada já recorreu.

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