Economia da Alemanha cai mais de 10% - TVI

Economia da Alemanha cai mais de 10%

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  • Publicada por ALM
  • 30 jul 2020, 10:10
Merkel

Dados do segundo trimestre, divulgados no mesmo dia em que soube que o sentimento económico recuperou na zona euro em julho por melhorias na confiança. Já a taxa de desemprego na zona euro atingiu 7,8% em junho

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 10,1% no segundo trimestre do ano, a queda mais acentuada desde o início dos registos, foi hoje anunciado.

O instituto federal de estatística alemão (Destatis) disse que a queda foi mais do dobro da maior registada durante a crise financeira e económica de 2008 e 2009.

No primeiro trimestre do ano, o PIB da Alemanha caiu 2,2% em comparação com o último trimestre de 2019.

Sentimento económico recupera na zona euro em julho por melhorias na confiança

O PIB alemão foi divulgado no mesmo dia em que se ficou a saber que o sentimento económico recupera na zona euro em julho por melhorias na confiança

O indicador de sentimento económico continuou a recuperar em julho, na zona euro, devido a melhorias nas expectativas do emprego e ao aumento da confiança na indústria, serviços e comércio a retalho, divulgou hoje a Comissão Europeia.

Segundo os dados publicados esta manhã pela Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN) da Comissão Europeia, em julho deste ano, o indicador de sentimento económico "continuou a registar um aumento acentuado na zona euro”, ao subir 6,5 pontos para 82,3, tendo também melhorado no conjunto da União Europeia (+6,9 pontos para 81,8).

De acordo com este departamento do executivo comunitário, tanto na zona euro como na UE foi já possível “recuperar cerca de metade das perdas combinadas de março e abril”, quando a pandemia de covid-19 levou a um maior pessimismo nestes inquéritos feitos às empresas e aos consumidores.

A DG ECFIN explica que, na zona euro, esta subida do indicador de sentimento económico em julho “foi impulsionada por fortes aumentos de confiança na indústria, nos serviços e no comércio a retalho”, embora contrabalançada com um recuo na confiança na construção e uma estabilização entre os consumidores.

Por Estados-membros, o indicador de sentimento económico “continuou a recuperar em todas as maiores economias da zona euro”, nomeadamente em Espanha (+7,5), Itália (+6,7), Alemanha (+6,5), Países Baixos (+5,3), e França (+4,8), precisa a DG ECFIN.

No que toca ao indicador de expectativas de emprego, também “melhorou significativamente” pelo terceiro mês consecutivo, subindo 4,0 pontos para 87,0 na zona euro e 4,1 pontos para 87,0 no conjunto da UE, adianta a Comissão Europeia.

Taxa de desemprego na zona euro sobe para 7,8% em junho

Já a taxa de desemprego na zona euro atingiu 7,8% em junho, uma ligeira subida face a maio deste ano, num total de 12.685 milhões de pessoas desempregadas, divulgou hoje o Eurostat.

O gabinete de estatísticas comunitário revela que, no mês de junho, quando os países europeus começaram a levantar as medidas restritivas para conter a covid-19, a taxa de desemprego atingiu 7,8%, após ter atingido 7,7% em maio passado.

No conjunto da União Europeia (UE), a taxa de desemprego em junho foi de 7,1%, também ligeiramente acima dos 7% de maio passado.

Em termos absolutos, o Eurostat estima que 15.023 milhões de homens e mulheres na UE, dos quais 12.685 milhões na zona euro, estavam desempregados em junho de 2020.

Ainda na comparação em cadeia, face a maio, registaram-se mais 281 mil pessoas desempregadas na UE e 203 mil na zona euro.

No que toca ao desemprego juvenil, de cidadãos com menos 25 anos, verificaram-se 2.962 milhões de jovens desempregados no conjunto da UE (mais 124 mil) e 2.360 milhões na zona euro (80 mil).

Em termos percentuais, isto equivaleu a uma taxa de desemprego de 16,8% na UE e 17,0% na zona euro, contra 16,2% e 16,5% no mês anterior, respetivamente.

Por género, a taxa de desemprego na UE, em junho, foi mais elevada nas mulheres, atingindo 7,5% na UE, que compara com 7,3% em maio.

Nos homens, a taxa de desemprego na UE, em junho, foi de 6,7%, contra 6,6% em maio.

Veja também: Desemprego deve subir para 7% e emprego também não é animador

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