Economia demorou seis anos ultrapassar o que valia na pré-crise - TVI

Economia demorou seis anos ultrapassar o que valia na pré-crise

  • VC
  • 7 mar 2017, 11:49
Euro

Desde 2010, um ano antes de Portugal cair nos braços da ajuda externa, a economia portuguesa cresceu pouco mais de 5.000 milhões de euros. Taxa de risco de pobreza desceu em 2015, mas ainda está nos 19% e carga fiscal atingiu o valor mais alto em 20 anos

A economia portuguesa demorou seis anos a conseguir ultrapassar aquilo que valia em 2010, um ano antes de Portugal pedir ajuda financeira à troika. Desde esse ano, cresceu pouco mais de 5.000 milhões de euros desde 2010, segundo números revistos pelo INE e que foram tornados públicos hoje.

Em concreto, em 2010 a economia portuguesa valia 179.930 milhões de euros. Desde então, o Produto Interno Bruto (PIB) português, a preços de mercado, caiu nos dois anos seguintes. Só começou a recuperar o seu valor em 2013, mas apenas em 2016 atingiu 185.000 milhões de euros. Ou seja, só no ano passado é que ficou, pela primeira vez, acima do valor registado no final de 2010.

Recentemente, o INE divulgou que a economia cresceu 1,4% no conjunto de 2016. O Governo perspetiva uma expansão de 1,5% para este ano.

Pobreza e impostos

O INE também divulgou outros dados, nomeadamente sobre a pobreza e o peso dos impostos em Portugal, estes relativos a 2015.

O risco de pobreza, mesmo com prestações sociais, situou-se em 19% nesse ano. A taxa desceu 0,5 pontos percentuais, mas mantém-se acima dos valores registados no início da década.

Já quanto à carga fiscal, 2015 foi o ano em que atingiu o patamar mais elevado dos últimos 20 anos, isto é, de 1995, representando 34,4% do PIB. 

Em 1995, a carga fiscal representava 29% do PIB: 13,2% diziam respeito aos impostos indiretos, 8,1% aos impostos diretos e 7,7% às contribuições efetivas para a Segurança Social.

Comparando, em 2015 representava 34,4% do PIB, mais 5,4 pontos percentuais do que há 20 anos: os impostos indiretos representavam 14,5% do PIB, os diretos 10,8% e as contribuições sociais 10,8%.

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