Economia portuguesa cresce 0,1% no 1º trimestre

O contributo da procura externa líquida para o crescimento homólogo do PIB foi desfavorável, ao contrário dos trimestres anteriores, em consequência da aceleração das Importações de Bens e Serviços e da desaceleração das Exportações de Bens e Serviços.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) A melhoria verificada ao nível da procura interna foi acompanhada por uma aceleração do crescimento das Importações de Bens e Serviços, que se cifrou em 5,0% em volume no 1º trimestre de 2004. Inversamente, as Exportações de Bens e Serviços desaceleraram em termos homólogos. Em consequência verificou-se um contributo negativo da Procura Externa Líquida para o crescimento homólogo do PIB (-0,8 pontos percentuais).

Face ao 4º trimestre de 2003, o crescimento do PIB português foi de 0,6% em volume no 1º trimestre de 2004.

O consumo privado das famílias residentes (incluindo Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias - ISFLSF) registou uma variação homóloga de 1,6% em termos reais, continuando a trajectória ascendente verificada em trimestres anteriores. Este comportamento do consumo privado traduziu-se num contributo de 1 ponto percentual para o crescimento homólogo do PIB.

À semelhança do trimestre anterior, as despesas das famílias (no território económico) com a aquisição de

bens e serviços correntes (não alimentares) evidenciaram uma aceleração em volume face ao período homólogo (de 1,1% no 4º trimestre de 2003, para 1,8% no trimestre seguinte). Igualmente em aceleração estiveram as despesas das famílias com a aquisição de bens de consumo duradouro, cujo crescimento homólogo se cifrou em 2,1% em volume no 1º trimestre de 2004.

No 1º trimestre de 2004, o Investimento cresceu em termos homólogos (0,6% em volume), em resultado da melhoria verificada em todas as suas componentes.



A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em Máquinas e Equipamentos (excepto Material de Transporte) cresceu 3,5% em volume no 1º trimestre de 2004 face ao período homólogo (-1,4% no 4º trimestre de 2003). A FBCF em Material de Transporte cresceu 8,6% em volume relativamente ao trimestre homólogo (-3,1% no 4º trimestre de 2003), influenciada pela componente automóvel (reflectindo o efeito das vendas de veículos pesados e de ligeiros de passageiros destinados a empresas de aluguer).

A FBCF em Construção, embora ainda em quebra face ao trimestre homólogo (variação de ¿2,8% em volume), registou um comportamento menos desfavorável do que no trimestre anterior (-8,8%).