Independente: acionista atira culpas para PGR - TVI

Independente: acionista atira culpas para PGR

  • Portugal Diário
  • 27 fev 2007, 17:20

Amadeu Lima Carvalho diz que Pinto Monteiro sabia de tudo e nada fez

O advogado de Amadeu Lima Carvalho, um dos principais accionistas da empresa proprietária da Universidade Independente (UNI), responsabilizou hoje o Procurador-Geral da República (PGR) pela situação vivida no estabelecimento, acusando-o de «inacção», noticia a Lusa.

Em declarações à agência Lusa, o advogado Manuel Antão afirmou que o PGR, Pinto Monteiro, «tem conhecimento pessoal do caso desde Novembro» do ano passado, não tendo tomado qualquer medida. «O Procurador-Geral da República é co-responsável pelo caso, por inacção, já que tem conhecimento de tudo o que se está a passar e nada fez», disse à Lusa o advogado.

Director da Universidade Independente até Março de 2006, Amadeu Lima Carvalho garante ser o principal accionista da instituição, detendo 67,5 por cento das acções, numa altura em que decorre uma batalha jurídica pelo controlo daquele estabelecimento de ensino privado.

De acordo com o responsável, foi apresentada uma queixa-crime contra o vice-reitor da UNI, Rui Verde, no final de 2005, um processo que diz ter entrado no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, tendo depois transitado para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), sobre alegadas irregularidades na instituição.

Reeleito director da instituição em Setembro de 2005, na altura com 10 por cento das acções e em parceria com um grupo angolano que detinha outros 57,5 por cento, Amadeu Lima Carvalho diz ter sido afastado à força a 30 de Março de 2006 pelo actual reitor, Luiz Arouca, e vice-reitor, Rui Verde, que estão agora incompatibilizados.

Já Luiz Arouca, o actual reitor da UNI, garantiu à Lusa que as queixas relativas à gestão da universidade foram apresentadas há mais de três anos, tendo a Polícia Judiciária chegado a levar a contabilidade da instituição.

Luiz Arouca adiantou que, nas últimas semanas, foram apresentadas novas queixas no DIAP de Lisboa por pessoas que se sentem lesadas pela gestão daquele estabelecimento, incluindo professores, fornecedores e outros credores.

Situações de falsificação de documentos, fraude e outros crimes foram também participados às autoridades, segundo o mesmo responsável.
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