Diego Armando Maradona e Michel Platini protagonizaram a maior rivalidade da década de 80 na Liga italiana. O argentino defendia as cores do Nápoles, enquanto o francês alinhava na Juventus.
O antigo presidente da UEFA confessou que já se vinha a preparar para a morte do ídolo argentino, pois quando o via «falar ou mover-se com dificuldade» sabia que não atravessava um bom momento.
«É uma grande perda para o futebol e uma tristeza, mas depois de tudo o que aconteceu nos últimos anos, já esperava. Tinha-me preparado para ouvir um dia no rádio o anúncio do desaparecimento de Diego Maradona», reconheceu, em entrevista ao L’Equipe.
«Preparas-te para as más notícias, mas quando chega o dia, isso agita algo no teu coração, na tua cabeça. É difícil, vem a saudade e a melancolia», acrescentou.
Platini reconheceu ainda a genialidade de Maradona, que coloca entre os melhores da história do futebol.
«O que Zidane fazia com a bola, Maradona conseguia com uma laranja. Como sabia jogar futebol, também poderia ser malabarista de rua», recordou.
O antigo internacional francês não culpa Maradona pela vida boémia que o acompanhou durante a carreira, mas criticou o ambiente tóxico que o rodeava.
«Eu não o culpo pelos seus defeitos, mas aquém estava ao seu redor sim. Todos eles tiraram proveito e não o ajudaram a recuperar», rematou.