O Presidente da República recusou este domingo que as suas palavras sobre a vacinação nos jovens dos 12 aos 15 anos tenham causado confusão em Portugal. A partir do Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa tinha dito que são os pais quem decide se as crianças são vacinadas.
Já depois disso, a Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu que as crianças saudáveis podem ser vacinadas, mas têm de ter uma prescrição médica.
Questionado pela TVI sobre a resposta da DGS, o chefe de Estado recusou a confusão: "Acaba por ir ao encontro".
A partir da embaixada de Portugal no Brasil, o Presidente da República reforçou que continua a ser dos pais a última decisão, uma vez que são estes que decidem ir ao encontro do médico de família, que depois passa ou não a prescrição.
“É fundamental que haja da parte dos pais uma iniciativa e depois o acolhimento pelas autoridades de saúde, naturalmente através da intervenção do médico”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
A DGS recomendou na sexta-feira a vacinação contra a covid-19 em jovens entre os 12 e os 15 anos apenas naqueles que têm comorbilidades, lembrando a falta de dados científicos que possam suportar uma outra decisão.
A situação acabou por gerar confusão, sobretudo depois das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, mas agora parece estar tudo clarificado.
Segundo a diretora-geral da Saúde, cerca de 410 mil jovens estão na referida faixa etária, mas só aqueles que têm doenças consideradas de risco é que devem avançar para a vacinação, pelo menos numa fase inicial.