PCP critica Governo por aumento generalizado de preços - TVI

PCP critica Governo por aumento generalizado de preços

  • VC
  • 4 jan 2018, 14:23
Jerónimo de Sousa

Dirigentes comunistas emitem comunicado a mostrar preocupação com aumento do custo dos transportes públicos e da energia, entre outros.

O PCP mostra "preocupação" face ao aumento generalizado de preços e suas consequências para as famílias portuguesas. Em causa está a subida de preços de "bens e serviços essenciais" como habitação, transportes, alimentação e, sobretudo, energias.

Os aumentos que se estão a verificar limitam o impacto da melhoria mais significativa das condições de vida da população que, pela intervenção do PCP e pela luta dos trabalhadores e das populações, foram conquistadas nos dois últimos anos. (...) desde os transportes públicos às portagens, do pão às rendas da habitação, do serviço postal às comissões bancárias".

Em comunicado, os dirigentes comunistas criticam "o Governo PS" por continuar "a optar por não libertar o país dos constrangimentos impostos pela União Europeia e o grande capital, que atingem as condições de vida de grande parte da população".

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No setor da energia, "o PCP chama a atenção para o facto de em 2017 o Governo não ter cumprido a Lei do Orçamento do Estado (OE) no que concerne à redução do preço do gás de botija, bem como uma posterior resolução" comunista aprovada no parlamento, "no mesmo sentido", continua o texto, defendendo "medidas concretas que permitam reduzir o preço do GPL" (gás liquefeito de petróleo) em botija e canalizado, "com a instituição de um regime de preços máximos".

"Há muito por onde cortar nos avultados lucros da EDP, da REN e de outras eletroprodutoras", defende o PCP, nomeadamente "integrando nos cortes as verbas ilegalmente obtidas nos CMEC (Contratos de Manutenção de Equilíbrio Contratual), vulgo rendas, transpondo para as elétricas os custos do défice tarifário, fazendo a REN suportar os custos de novas redes ou eliminando os custos da garantia de potência".

No caso dos transportes públicos, também "teria sido possível, fossem outras as opções do Governo, impedir o aumento de 2,5% do custo", para além de "alargar a regulação dos preços a todo o setor elétrico e impor uma baixa global à custa dos lucros das empresas, travar novas subidas nos custos dos serviços bancários, congelar uma parte significativa dos custos dos serviços públicos prestados, tal como foi feito, por iniciativa do PCP, com as propinas do Ensino Superior".

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