Aliança participa à PGR partilha de dados de ativistas russos pela Câmara de Lisboa - TVI

Aliança participa à PGR partilha de dados de ativistas russos pela Câmara de Lisboa

  • Agência Lusa
  • CP
  • 10 jun 2021, 16:25
Fernando Medina

Partido também pede a demissão de Fernando Medina

O partido Aliança disse hoje que vai participar à Procuradoria-Geral da República a partilha de dados de três ativistas anti-Putin residentes em Portugal entre a Câmara de Lisboa e o regime russo e pediu a demissão de Fernando Medina.

Em comunicado, o Aliança revelou que, além da participação à Procuradoria-Geral da República, irá também fazer uma participação à Comissão Nacional de Proteção de Dados, sobre “a partilha com um Estado estrangeiro de dados recolhidos pela Câmara Municipal de Lisboa sobre três cidadãos russos”.

Para o presidente da Direção Política Nacional do Aliança, Paulo Bento, “a utilização de dados pessoais, recolhidos por uma entidade pública, para fins diferentes daqueles para que foram disponibilizados põe em causa, de forma gravíssima, a confiança que os cidadãos devem ter nas instituições do Estado”.

O responsável questionou ainda, citado no comunicado, se ficou em causa a confiança dos “aliados da NATO quando constatam que uma instituição do Estado português passa informações pessoais sobre participantes em manifestações” em Portugal a “países exteriores à Aliança Atlântica”.

“Será que os nossos parceiros internacionais se sentirão seguros para realizar cimeiras em Portugal ou ficará uma irremediável desconfiança que em Lisboa os dados pessoais podem ter múltiplos usos para além daqueles que seriam expectáveis?”, questionou também.

Paulo Bento defendeu ainda a demissão do presidente da Câmara de Lisboa.

“Fernando Medina, faria um enorme favor a Lisboa e à democracia portuguesa se apresentasse a sua imediata demissão do cargo, única forma de devolver a confiança que todos temos de ter nas instituições”, pode ler-se.

O dirigente referiu ainda, na nota de imprensa, que em ano de eleições autárquicas é “legítimo que os lisboetas se questionem também se os seus dados pessoais estão sujeitos a devassa por quem gere a Câmara de Lisboa”.

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