PCP e PEV alertam para os perigos de uma maioria absoluta - TVI

PCP e PEV alertam para os perigos de uma maioria absoluta

  • SL
  • 11 set 2019, 15:49
João Oliveira

Líder parlamentar do PCP, João Oliveira, defendeu que, nos últimos quatro anos, "o país não resolveu os seus graves problemas estruturais, mas estancou algumas das suas mais graves chagas sociais"

O PCP e o PEV alertaram esta quarta-feira contra os perigos de uma eventual maioria absoluta do PS na próxima legislatura, apelando aos portugueses para que impeçam esta possibilidade nas legislativas de 6 de outubro.

Numa declaração política na reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República, a menos de um mês das eleições, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, defendeu que, nos últimos quatro anos, "o país não resolveu os seus graves problemas estruturais, mas estancou algumas das suas mais graves chagas sociais", reclamando o "papel decisivo" dos comunistas.

No entanto, alertou, "há quem não se conforme com os avanços alcançados e esteja à procura da primeira oportunidade para fazer andar para trás tudo o que se conquistou".

A ideia de uma maioria absoluta do PS encaixa nesses planos e projetos e há que dar-lhe combate. Está nas mãos dos portugueses a decisão de impedir uma maioria absoluta e criar, sim, uma nova correlação de forças na Assembleia da República que garanta a política alternativa, patriótica e de esquerda de que o país precisa", apelou, reclamando mais força para o PCP e para a coligação CDU (com os Verdes) que vai a votos a 06 de outubro.

João Oliveira apontou o caso da "imposição da reutilização" de manuais escolares como um exemplo de que o Governo PS quer "voltar atrás no que foi conquistado".

Não foi para isto que a gratuitidade dos manuais escolares foi aprovada", avisou João Oliveira, denunciando casos em que os manuais a entregar aos alunos estão "riscados ou inutilizados".

O Partido Ecologista "Os Verdes" fez também um balanço sobre a última legislatura, destacando os "avanços" para os quais diz ter contribuído, mas deixando igualmente alertas para o próximo ato eleitoral.

"É preciso doravante garantir que não há recuos no que se conquistou de benéfico para o país (...) Para avançar, é preciso que a correlação de forças na Assembleia da República o permita. PSD e CDS só contribuem para recuar e o PS com uma maioria absoluta não hesitaria em recuar", avisou a deputada Heloísa Apolónia, na reunião da Comissão Permanente.

Os Verdes defenderam que se poderia ter avançado mais na legislatura que agora termina se, por exemplo, "não se deixasse a banca sugar tantos recursos públicos" ou "se o PS não tivesse preferido colocar o défice ainda mais abaixo do que estava traçado".

O partido alertou ainda para "erros que o PS quer cometer" na próxima legislatura, "que precisam de ser travados", apontando os casos da localização de um aeroporto no Montijo, a pesquisa de hidrocarbonetos na área da Batalha e do Pombal ou a exploração de lítio em áreas sensíveis.

Continue a ler esta notícia