BE questiona Governo sobre infiltração da extrema-direita nas Forças Armadas - TVI

BE questiona Governo sobre infiltração da extrema-direita nas Forças Armadas

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  • Publicado por MM
  • 15 set 2020, 15:40
Catarina Martins

Para os bloquistas, há que “prevenir e impedir a proliferação de manifestações extremistas, racistas, xenófobas e discriminatórias"

Os deputados da bancada parlamentar bloquista enviaram, esta terça-feira, um conjunto de perguntas ao Ministério da Defesa Nacional sobre alegadas infiltrações de grupos de extrema-direita nas Forças Armadas, pedindo averiguações.

O grupo parlamentar do BE considera que, da mesma forma que as ligações de elementos das forças policiais da PSP e da GNR à extrema-direita têm sido alvo de investigações e processos de inquérito conduzidos pelo Ministério da Administração Interna, o mesmo procedimento deverá ter lugar no seio da Defesa Nacional”, lê-se no requerimento, enviado à Lusa.

Para os bloquistas, há que “prevenir e impedir a proliferação de manifestações extremistas, racistas, xenófobas e discriminatórias, que em tudo contradizem o espírito de fraternidade, camaradagem, lealdade e integridade que devem caracterizar as Forças Armadas portuguesas e no respeito pela Constituição da República”.

Confirma o Governo a abertura de inquéritos e a instauração de processos a militares dos ramos das Forças Armadas por suspeitas de infrações relacionadas com a extrema-direita e as suas diversas exteriorizações?”, é uma das perguntas efetuadas.

O requerimento do BE, assinado pelos deputados João Vasconcelos e Pedro Filipe Soares, faz referência a uma reportagem recente do Diário de Notícias dando conta "que a Polícia Judiciária Militar se encontra a investigar uma possível infiltração de elementos provenientes de movimentos de extrema-direita nas Forças Armadas".

O mesmo artigo, refere o BE, adianta que o Exército, a Marinha e a Força Aérea "têm conhecimento de atividades `desapropriadas´ nas redes sociais e noutras formas de comunicação conduzidas por parte de militares, ainda que, excetuando a Força Aérea que conta com um processo corrente ainda sem conclusões efetivas, não tenha havido investigações de fundo que permitam perceber a extensão do problema".

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