Crise no PSD: distritais surpreendidas com Menezes - TVI

Crise no PSD: distritais surpreendidas com Menezes

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Reacções mistas, mas todas de apoio ao actual líder

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[ACTUALIZADO ÀS 00H35]

O presidente da distrital do PSD de Vila Real, Eloi Ribeiro, salientou que Luís Filipe Menezes abandona a liderança do partido «por vontade própria», informa a agência Lusa.

«Vou solicitar, na próxima semana, ao Conselho Nacional, que convoque directas para 24 de Maio. Não estou na corrida», afirmou Esta noite Menezes numa conferência de imprensa na sede do PSD em Lisboa, em que os jornalistas não tiveram direito a colocar perguntas.

«Agora temos que encarar esta situação com frontalidade. Não há nada a lamentar. O líder sai por vontade própria», referiu Eloi Ribeiro, que apoiou Marques Mendes nas directas. O dirigente distrital disse que «não estava a contar», pelo que ficou «surpreendido».

«Acredito no líder»

O presidente da distrital de Viana do Castelo do PSD, Eduardo Teixeira, considerou «prematura» qualquer opinião sobre a marcação de eleições mas disse «acreditar no líder» do partido.

«A única coisa que posso dizer é que Luís Filipe Menezes é o líder do meu partido e que acredito no líder do PSD», frisou, acrescentando: «É prematuro emitir, por agora, qualquer opinião sobre a vida interna do partido. Vamos aguardar com tranquilidade o desenrolar do Conselho Nacional da próxima semana».

«Incrédulo»

O presidente da distrital do PSD de Viseu, José Cesário, disse estar «incrédulo» com o anúncio feito por Luís Filipe Menezes: «Estou incrédulo com toda esta situação. Foi uma surpresa absoluta, não estava nada à espera».

O líder da distrital de Viseu disse que, por agora, aguardará «por explicações mais completas do que se está a passar». «Só depois disso e de me reunir com os responsáveis das secções do distrito é que será tomada uma posição», acrescentou.

«Lamento»

O presidente da distrital de Évora do PSD, António Costa Dieb, afirmou que respeita a decisão do líder social-democrata, Luís Filipe Menezes, de não se candidatar às directas, eleições que considerou um «sinal de vitalidade» do PSD.

«O presidente do PSD entendeu que havia razões para pedir a convocação de eleições directas, uma decisão que lamento, mas respeito», afirmou.

«Supreendente»

O presidente da distrital de Bragança do PSD, Adão Silva, considerou «surpreendente» a demissão de Luís Filipe Menezes, que «tinha uma legitimidade que nunca nenhum líder teve antes».

«O PSD é um partido de gente exigente e irrequieta. Estas turbulências são a alma do PSD», considerou, referindo-se às divergências internas. Para Adão Silva, a demissão de Luís Filipe Menezes é ainda «surpreendente por ele ter dito que não ia desafiar os críticos para eleições antecipadas».

«Algo não estava bem»

O presidente da distrital do PSD da Guarda, Álvaro Amaro, considerou que a decisão de Luís Filipe Menezes de solicitar eleições directas «é o reconhecimento inteligente de que o PSD não estava bem».

Álvaro Amaro afirmou que ficou «surpreendido» com o anúncio feito por Luís Filipe Menezes e que «porventura ninguém estaria à espera» da atitude tomada pelo líder nacional do partido.

«Que o PSD não estava bem, era claro, aos olhos de todos. O PSD não estava bem e o doutor Luís Filipe Menezes reconheceu-o», acrescentou.
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