Demissão de ministra era esperada e inevitável, dizem autarcas de Leiria - TVI

Demissão de ministra era esperada e inevitável, dizem autarcas de Leiria

  • MM
  • 18 out 2017, 17:06
Constança Urbano de Sousa

"Do ponto de vista político, era insustentável", afirmou o presidente da Câmara de Alcobaça

Os presidentes dos municípios de Pombal, Alcobaça e Marinha Grande, afetados pelo incêndio que fustigou o distrito de Leiria no domingo, consideram que a demissão da ministra da Administração Interna era “espera e inevitável”.

Com as circunstâncias e com toda a envolvente que foi criada, [a demissão] era esperada e inevitável", disse à agência Lusa o presidente cessante da Câmara da Marinha Grande, Paulo Vicente, após uma reunião com o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, que decorreu no seu concelho.

O presidente da Câmara de Pombal, Diogo Mateus, sublinhou que a própria ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, "tinha tido já essa perceção", ao ter pedido a demissão após o fogo de Pedrógão Grande.

Há quatro ou cinco meses que se percebia que não havia condições políticas para continuar. Hoje, sabemos que a ministra tinha essa mesma convicção", sublinhou autarca.

Já o líder do município de Alcobaça, Paulo Inácio frisou que durante o combate às chamas sentiu falta de meios da Proteção Civil, considerando que, face às "duas calamidades históricas em quatro meses", "havia poucas condições políticas" para Constança Urbano de Sousa continuar no cargo.

Quero dar a minha solidariedade a uma senhora que certamente deu o melhor de si e que, do ponto de vista pessoal, deve estar a sofrer muito também, porque ninguém fica insensível ao que aconteceu no país. Agora, do ponto de vista político, era insustentável", afirmou o presidente da Câmara de Alcobaça.

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, apresentou um pedido de demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro, anunciou hoje o gabinete de António Costa.

Constança Urbano de Sousa diz na carta de demissão enviada ao primeiro-ministro que pediu para sair de funções logo a seguir à tragédia de Pedrógão Grande, dando tempo a António Costa para encontrar quem a substituísse.

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