Francisco Rodrigues dos Santos é o quinto candidato à liderança do CDS - TVI

Francisco Rodrigues dos Santos é o quinto candidato à liderança do CDS

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  • 18 dez 2019, 07:44
Francisco Rodrigues dos Santos

Sucessor de Assunção Cristas será escolhido no 28.º congresso nacional do partido, em 25 e 26 de janeiro de 2020

Francisco Rodrigues dos Santos, presidente da Juventude Popular, é o quinto candidato a entrar na corrida à liderança do CDS-PP, que é escolhido no 28.º congresso nacional do partido, em 25 e 26 de janeiro de 2020.

Eleito presidente da JP em 2015, conhecido na jota e no partido por “Chicão”, é autor, “em nome próprio”, de uma moção de estratégia global ao próximo congresso que esteve a divulgar, nas últimas semanas, junto de estruturas e dos militantes e já tem um "hashtag" usado pelos seguidores no Facebook - #seguiremfrente.

Em janeiro de 2018, a revista Forbes colocou este advogado, hoje com 31 anos, natural de Coimbra, que estudou no Colégio Militar, na lista dos 30 jovens mais influentes da Europa" ("30 under 30 - Law&Policy 2018").

Profissionalmente, formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e é atualmente advogado e consultor.

Em termos políticos, Rodrigues dos Santos, um admirador de Winston Churchill, filiou-se na JP em 2007 e no CDS em 2011, exercendo o cargo de deputado municipal em Lisboa, desde 2017. Candidato a deputado pelo Porto nas legislativas de outubro, falhou a eleição.

"Vigor renovado" no partido

Francisco Rodrigues dos Santos defendeu ser necessário um “vigor renovado”, para que os portugueses voltem a "acreditar no partido".

"Estou absolutamente seguro de que ao nosso partido não basta apenas afinar o tiro e calibrar o discurso. O CDS tem de mostrar uma nova energia, um vigor renovado, uma lufada de ar fresco e afirmar-se de novo na cena partidária. Portugal pede hoje que o CDS seja a primavera que a direita tem de atravessar para se reinventar", disse.

Francisco Rodrigues dos Santos, que discursou no Porto para mais de uma centena de apoiantes, deixou clara a sua convicção de que, perante o "momento que o partido atravessa", é necessário "bom senso".

"Comigo não contarão para ajustes de contas, para fraturas artificiais ou para pessoalizar os erros do passado que, ainda assim, devem ser assumidos. Temos de viver em paz com a nossa história e saber honrá-la", sustentou.

Presidente da Juventude Popular (JP) desde 2015 e o quinto candidato a entrar na corrida à liderança do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que "não basta ganhar o próximo congresso", mas "provar" que os portugueses "podem voltar a acreditar" no partido.

"Um partido que não será do passado nem passivo e que se assumirá descomplexadamente de direita sem pedir autorização à esquerda para defender as suas ideias (...). E que não se acobarde nem se esconda quando é chamado a travar a batalha cultural", afirmou.

Sob o lema “Voltar a Acreditar” e perante vários militantes do partido, entre eles o presidente da distrital do CDS-PP do Porto, Fernando Barbosa, o candidato à sucessão de Assunção Cristas enumerou alguns dos pontos daquele que é o seu "projeto para Portugal".

Entre as medidas apresentadas, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que, se for eleito presidente do CDS, compromete-se a apresentar um novo projeto de revisão constitucional, uma alteração ao atual sistema fiscal, um pacote de políticas de apoio às famílias e um novo contrato social.

Enumerando a educação, a saúde e a justiça, o candidato assegurou “compreender os desafios nacionais, europeus e mundiais” e comprometeu-se ainda a construir um “documento que garanta uma ação concertada na área do ambiente e eleve o nível de compromisso global”.

“Acredito genuinamente no meu partido, razão pela qual não me escondo, nem abandono o barco. Sou jovem, é verdade, uma qualidade que não só é apreciada pelos eleitores, como o tempo se encarregará de resolver", concluiu.

A atual corrida à liderança do CDS começou logo na noite das eleições, em que o partido passou dos 18 para cinco deputados, com 4,2% dos votos, um dos piores resultados desde a década de 1990.

Nessa noite, Assunção Cristas, presidente desde 2016, anunciou a sua saída do cargo e anunciou a antecipação do congresso, marcado duas semanas depois para 25 e 26 de janeiro, em Aveiro.

Ainda nessa noite, uma hora depois de se saber da decisão de Cristas, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), anunciou a sua candidatura.

Nas 24 horas seguintes, dois dirigentes afirmaram-se também “em reflexão” – primeiro Filipe Lobo d’Ávila, ex-secretário de Estado, que lançou um grupo crítico da liderança de Assunção Cristas, “Juntos pelo Futuro”, que se confessou em “estado de choque” com o resultado, e João Almeida, deputado, porta-voz do CDS e também antigo secretário de Estado.

Ambos lançaram moções de estratégia global e só semanas mais tarde, em novembro, confirmaram que seriam candidatos à presidência do partido.

No conselho nacional que marcou o congresso, em 17 de outubro, Francisco Rodrigues dos Santos, líder da JP, admitiu entrar na corrida, mas remeteu a sua posição para mais tarde.

E durante a reunião, um dirigente e ex-presidente da concelhia de Viana do Castelo, Carlos Meira, que fez uma intervenção crítica para a direção de Cristas no congresso de 2018, também disse que iria candidatar-se.

Como não tem eleições diretas, como o PSD ou o PS, o CDS elege o seu futuro líder em congresso.

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