A reunião entre o Bloco de Esquerda e o Governo terminou, nesta terça-feira, sem acordo, disse fonte dos bloquistas à TVI.
No entanto, está prevista a realização de um novo encontro.
Segundo foi possível apurar, o Governo não apresentou "qualquer proposta" ao Bloco no que respeita às pensões, ficando por "medidas simbólicas" que "não concretizou por escrito" relativamente ao trabalho.
Era na área do Código do Trabalho que o partido liderado por Catarina Martins apresentava o maior número de exigências, cinco no total, com o objetivo de revogar as medidas da troika que permanecem na legislação laboral e que o Governo "recusou reverter".
Apenas na área da Saúde foram registadas "eventuais aproximações".
Já fonte do Governo disse à TVI que foram apresentados "avanços em vários domínios", nomeadamente nas áreas do trabalho e saúde.
Ainda assim, o executivo de António Costa assumiu, no final da primeira ronda negocial com o Bloco, que "subsistem divergências já conhecidas".
O Governo adiantou, também, que vai continuar a trabalhar com o BE, confirmando, igualmente, novas reuniões.
Já hoje António Costa afirmou, à margem da homenagem a Aristides de Sousa Mendes, que decorreu no Panteão Nacional, que é preciso “razoabilidade, bom senso e sentido de equilíbrio” nas discussões do Orçamento do Estado para 2022
Se cada um começa a traçar linhas vermelhas não vamos a lado nenhum”, disse, apesar de voltar a defender que a ideia de uma crise política é “irracional”.