O projeto de resolução apresentado pelos socialistas sustenta que o executivo PSD/CDS-PP não apresentou estudos, nem avaliações financeiras «que permitam identificar os benefícios para o país» da reprivatização e que o caderno de encargos deveria «ser mais sólido e bem elaborado quanto às garantias jurídicas».
«O Governo recusou explorar todas as possibilidades de diálogo institucional por forma a encontrar uma solução mais abrangente e consensual para a TAP, recusou-se a dialogar com os partidos da oposição e a sociedade sobre alternativas possíveis e apresentadas, não explorou junto da União Europeia todos os mecanismos e soluções disponíveis.»
O PS refere ainda que a TAP «tem crescido e melhorado o seu desempenho» desde 2009, «não se justificando este processo».
«Nos últimos cinco anos o número de passageiros transportados aumentou 27%, o número de horas voadas cresceu 15%, os destinos oferecidos aumentaram 11%, as receitas da empresa cresceram 29%.».
Além disso, salienta o PS, a companhia aérea portuguesa «registou sempre lucro», com um acumulado «de cerca de 178 milhões de euros».
Esta tarde são debatidas no parlamento apreciações parlamentares requeridas pelo PS e pelo PCP ao processo de reprivatização da TAP.