O PCP considera que o acordo anunciado com a Grécia foi rodeado de «chantagem, pressão e imposição» e lamentou a postura do Governo português, por ter sido «dos mais devotos seguidores da ofensiva desencadeada pela União Europeia».
«O PCP condena a postura do Governo português, que vergonhosamente se afirmou como um dos mais devotos seguidores da ofensiva desencadeada pela União Europeia, visando a imposição da continuação de políticas de retrocesso social e empobrecimento», refere um comunicado divulgado esta sexta-feira.
Indicando que é ainda necessária uma análise posterior ao conteúdo e consequências do acordo hoje alcançado, o PCP considera já que as orientações e limites impostos pela União Europeia (UE) são «inaceitáveis constrangimentos» ao desenvolvimento dos países e à sua vontade soberana.
«O PCP denuncia todo o processo de chantagem, pressão e imposição que rodeia o acordo agora anunciado, em que fica bem patente a hipocrisia da União Europeia e dos seus principais responsáveis», indica a nota.
Para os comunistas, o que o atual acordo testemunha é «a natureza e objetivos da política da UE de intensificação da exploração e redução dos direitos dos trabalhadores».
O PCP expressa ainda a sua solidariedade aos trabalhadores e povo grego, valorizando o papel da sua luta «na defesa e conquista de direitos e da melhoria das suas condições de vida».
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que a reunião de hoje dos ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, permitiu chegar a um acordo sobre o prolongamento da assistência financeira à Grécia.
Dijsselbloem precisou que a assistência foi prolongada por quatro meses, embora o pedido de Atenas fosse de seis meses, e, em contrapartida, as autoridades gregas comprometeram-se a conduzir uma série de reformas, em linha com as condições previstas no atual programa, tendo que apresentar já na próxima segunda-feira uma lista com medidas.
PCP: acordo com a Grécia foi rodeado de «chantagem e imposição»
- Redação
- EC
- 21 fev 2015, 00:22
Comunistas lamentam que o Governo português tenha sido um «dos mais devotos seguidores da ofensiva da União Europeia»
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