OE2022: PCP vai propor creches gratuitas para todos escalões de rendimentos - TVI

OE2022: PCP vai propor creches gratuitas para todos escalões de rendimentos

  • Agência Lusa
  • HCL
  • 21 set 2021, 12:54

Membro do Comité Central do PCP referiu que “é incontornável a necessidade” de alargar a rede de creches gratuitas a todos os escalões de rendimentos

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, anunciou hoje que o partido vai levar o alargamento da gratuitidade das creches a todos os escalões de rendimentos para as discussões do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

O dirigente comunista fez o anúncio durante um encontro com pais sobre creches gratuitas, na Quinta das Conchas, em Lisboa. Interpelado pelos jornalistas no final do encontro Jerónimo de Sousa reforçou a intenção de discutir esta proposta com o Governo.

O membro do Comité Central do PCP referiu que “é incontornável a necessidade” de alargar a rede de creches gratuitas a todos os escalões de rendimentos.

“Creio que a rede pública é um elemento crucial. A questão da gratuidade implica, consequentemente, uma despesa orçamental. A grande questão é saber se queremos uma solução de fundo ou medidas avulsas”, sustentou, acrescentando que deveria haver “uma convergência” em relação a esta matéria.

O Governo determinou, em abril, que as creches são gratuitas até à entrada no ensino pré-escolar para todas as crianças do primeiro e segundo escalões de rendimentos. Anteriormente apenas era gratuita para as crianças de famílias no primeiro escalão de rendimentos e do segundo a partir do segundo filho.

São abrangidas as crianças que frequentam as creches das redes pública e de cooperação.

“No próximo Orçamento lá estaremos com esta visão de alargamento, da universalização do direito [à gratuitidade das creches], o que é sempre muito difícil no diálogo, na discussão em concreto”, considerou o secretário-geral do PCP.

As negociações são complicadas, explicou, porque o Governo socialista “olha sempre para essa medida pelo lado da despesa”, quando é, na opinião de Jerónimo de Sousa, “um investimento” no futuro.

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