Os nomes para a eleição, que precisa de uma maioria qualificada dos deputados, terão de ser apresentados até ao dia 6 de maio, de forma a permitir a audição dos candidatos em comissão parlamentar antes da eleição.
O PS tinha chegado a defender uma «solução provisória» até ao início da próxima legislatura, mas hoje, através do vice-presidente da bancada Marcos Perestrello considerou que a marcação da eleição foi uma «solução equilibrada» encontrada na conferência de líderes.
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, reiterou a disponibilidade para um entendimento relativo a esta eleição que se possa estender «para uma próxima legislatura, se essa questão se vier a colocar no diálogo com o PS».
Questionado sobre se o candidato deverá sair da área política do PSD, Montenegro respondeu: «Creio que se consegue fazer facilmente uma avaliação da proveniência política de vários responsáveis de órgãos relevantes para concluir que o atual provedor de Justiça foi indicado pelo PS, o atual presidente do Tribunal de Contas foi indicado pelo PS, o atual presidente do Tribunal Constitucional também foi indicado pelo PS».
«Se quisermos fazer uma avaliação global do exercício de cargos de relevância muito similar a esta, podemos concluir que talvez uma personalidade da área política do PSD possa mostrar maior equilíbrio, mas isso será alvo de conversações que cremos tenham a discrição que um assunto destes merece para que tenhamos uma candidatura de uma personalidade forte», disse.
O vice-presidente da bancada do PS Marcos Perestrello considerou que, com a marcação da eleição para dia 15 de maio, foi hoje encontrada «uma solução equilibrada» no sentido «do respeito institucional pelo papel do parlamento, pelo papel do CES e pela vontade pessoal do presidente do CES».
Perestrello disse que «nada foi discutido quanto à natureza de quem seja ou de onde vem», mas sublinho que «foi colocada de lado a possibilidade de alterar a lei do CES».
Silva Peneda, ex-ministro dos governos de maioria absoluta liderados por Cavaco Silva, sai do CES para iniciar funções como adjunto do presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker.