António Galamba compara acordo PS/PCP/BE a uma PPP - TVI

António Galamba compara acordo PS/PCP/BE a uma PPP

António Galamba

Membro das direções de Seguro diz que fatura "será paga" nos próximos atos eleitorais.

O dirigente socialista António Galamba equiparou esta quinta-feira os princípios de acordo do secretário-geral do PS com o PCP e Bloco de Esquerda a uma Parceria Público Privada (PPP), cuja fatura "será paga" nos próximos atos eleitorais.

Esta posição de António Galamba, que foi membro das direções socialistas lideradas por António José Seguro, foi transmitida na reunião da Comissão Política Nacional do PS, que analisa a possibilidade de celebração de um acordo de incidência parlamentar com o PCP e Bloco de Esquerda, tendo em vista a formação de um executivo alternativo ao da coligação PSD/CDS.

Numa nota síntese da sua intervenção, António Galamba considerou caraterizados pela "fragilidade" os compromissos que estão para ser assumidas com as forças políticas à esquerda do PS.

"Por escrito e nesta reunião é pouco mais que uma mão cheia de nada. E já não estou em idade de acreditar no Pai Natal, no legítimo ou no das esquerdas à nossa esquerda", refere o dirigente socialista.


Ainda na sua intervenção, o ex-membro do Secretariado Nacional do PS defendeu depois a tese de que, "tanto se serve Portugal no Governo, como na oposição", que "quem ganha governa e quem perde fica na oposição".

"Não o fazer é assumir uma PPP com a esquerda à nossa esquerda cuja fatura será apresentada em futuras eleições legislativas, nas regionais dos Açores em 2016 e nas autárquicas em 2017. É que, estando o PCP e o Bloco de Esquerda para deixar de lado as questões da União Europeia, da zona euro ou da NATO, é legítimo perguntar com quem será feita a maioria para sustentar as medidas concretas para cumprir as obrigações nesse âmbito", aponta António Galamba.


Para António Galamba, na presente conjuntura política, "a questão não é de constitucionalidade nem, sobretudo, de legitimidade, sendo antes política".

"Não o fazer, sem ponderar os riscos futuros e sem a participação dos militantes, é hipotecar muito mais do que o resultante da subscrição do memorando com a ‘troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário). Não contam com o meu acordo. Há sempre alguém que diz não", acrescentou.

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