BE contra eventual novo corte de pensões - TVI

BE contra eventual novo corte de pensões

Ministra das Finanças admitiu cortar pensões para garantir a sustentabilidade da Segurança Social

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O líder do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda acusou este domingo o Governo de se mostrar “condoído e preocupado” com o problema da Segurança Social, ao mesmo tempo que pondera cortar 600 milhões de euros nas pensões.

Pedro Filipe Soares, que falava no encerramento das Jornadas do Grupo Parlamentar do BE na Assembleia Legislativa da Madeira, que debateu a revisão do sistema político regional, criticou as declarações da ministra das Finanças, segundo as quais a garantia da sustentabilidade da Segurança Social pode passar por reduções nas atuais pensões.

A ministra “diz, como já disseram vários governantes deste Governo, que a Segurança Social está em risco, tem um problema de sustentabilidade. E qual é o resultado então? Vamos cortar nas pensões mais 600 milhões de euros", disse Pedro Filipe Soares, como reporta a Lusa.


"É, de facto, a política de quem diz uma coisa batendo com a mão no peito, dizendo-se condoídos e preocupados com o problema da Segurança Social, ao mesmo tempo que prometem tirar às pensões 600 milhões de euros", afirmou.


Maria Luís Albuquerque disse, na noite de sábado, que o processo de garantia da sustentabilidade da Segurança Social pode passar por reduções nas atuais pensões, se tal significar uma melhor redistribuição do esforço.

Durante uma sessão de perguntas e respostas em Ovar, no âmbito do evento "Aveiro em Formação" da JSD, a ministra disse que "é honesto dizer aos portugueses que vai ser preciso fazer alguma coisa sobre as pensões para garantir a sustentabilidade da Segurança Social".

"E essa alguma coisa pode passar, se for essa a opção, por alguma redução mesmo nos atuais pensionistas. Se isso for uma distribuição mais equilibrada e razoável do esforço que tem de ser distribuído entre todos, atuais pensionistas, futuros pensionistas, jovens a chegar ao mercado de trabalho, se essa for a solução que garante um melhor equilíbrio na distribuição desse esforço, é aí que nos devemos focar", afirmou Maria Luís Albuquerque.


Na semana passada, a ministra das Finanças remeteu para depois das eleições o desenho da reforma de pensões.
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