O ministro da Economia admitiu esta segunda-feira como "provável" que o certificado digital da covid-19 seja implementado já em junho, ainda que a proposta seja que o certificado entre em vigor em julho e que funcione no quadro da União Europeia.
Questionado sobre a intenção do governo francês de implementar, juntamente com Portugal, já em junho este certificado, Pedro Siza Vieira diz que "é provável" e sublinha uma decisão muito positiva, com base na proposta da Presidência Portuguesa da UE.
"Não há União Europeia sem circulação de pessoas", diz o ministro, destacando que são necessárias regras uniformes para a abertura de fronteiras dentro da União Europeia e estabelecer um "critério de acesso comum" de estrangeiros ao mercado interno.
Siza Vieira vinca que o certificado digital da covid-19 "desvia a avaliação de risco" do país de onde o viajante parte, "para a sua circunstância pessoal", nomeadamente se já foi vacinado, ou se realizou um teste de despiste à doença.
Em entrevista à TVI, Siza Vieira diz que Portugal tem um grande controlo sobre as variantes que entram no país e aponta para o relatório semanal das linhas vermelhas do INSA e da DGS.
"O relatório tem um número de recolha de amostras muito superior àquele que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde, portanto nós conseguimos monitorizar muito rapidamente cada variante e a sua evolução. Isto permite-nos tomar medidas se se justificar e não apenas medidas indescriminadas", sublinha.