Caso BES: PS chama a depor Cavaco Silva, Durão Barroso e Passos Coelho - TVI

Caso BES: PS chama a depor Cavaco Silva, Durão Barroso e Passos Coelho

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 25 mar 2021, 11:27
Banco Espírito Santo - BES

Anúncio surgiu de João Paulo Correia que sublinhou que estes responsáveis políticos sabiam do buraco do BES antes do aumento de capital

O Grupo Parlamentar do PS afirmou esta quinta-feira que vai solicitar depoimentos por escrito dos responsáveis políticos que sabiam do buraco do BES antes do aumento de capital.

O anúncio veio do deputado João Paulo Correia que disse que os depoimentos foram pedidos a Cavaco Silva, Durão Barroso, Pedro Passos Coelho. Os socialistas vão ainda requerer a audição presencial de Carlos Moedas, na altura Secretário de Estado Adjunto.

O anúncio foi feito no parlamento pelo coordenador do PS nesta comissão de inquérito, João Paulo Correia, um dia depois da audição de José Honório, ex-administrador do BES e Novo Banco, que segundo o socialista revelou que o antigo presidente do BES Ricardo Salgado entregou, em 2014, um memorando a cada uma das autoridades políticas em que dava conta do “buraco gigante em que estava enfiado o GES”.

“Passadas poucas semanas, depois destas reuniões que Ricardo Salgado teve com todas estas autoridades políticas, depois de conhecerem a dimensão do buraco do Grupo Espírito Santo, decorreu o aumento de capital do BES de cerca de mil milhões de euros”, referiu, considerando que as autoridades políticas, europeias e nacionais, “nada fizeram para impedir este aumento de capital que gerou milhares de lesados” em Portugal.

Para o PS, há responsabilidades que “não estão suficientemente esclarecidas por parte destas autoridades políticas”.

“Neste sentido, o grupo parlamentar do PS irá requerer o depoimento escrito dos responsáveis políticos que sabiam do buraco do BES antes do aumento do capital e por isso iremos requerer os depoimentos escritos de Cavaco Silva, de Durão Barroso, de Pedro Passos Coelho e iremos requerer a audição presencial do doutor Carlos Moedas, uma vez que os ex-presidentes da República e os ex-primeiro-ministros gozam de uma prerrogativa regimental de só poderem depor por escrito nas comissões de inquérito”, referiu.

 

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