Costa acha que palavras de Marcelo são "grande estímulo" - TVI

Costa acha que palavras de Marcelo são "grande estímulo"

  • 25 abr 2017, 18:27

Primeiro-ministro diz que "ouve com atenção e medita" nas palavras do Presidente da República. Sobre as que foram ditas na sessão evocativa do 25 de Abril, diz que trabalha para cumprir objetivo de mais crescimento

O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que o seu Governo trabalha todos os dias para corresponder aos desafios colocados pelo Presidente da República para que o país registe a prazo mais crescimento e possua uma melhor distribuição de riqueza.

António Costa falava aos jornalistas cerca de uma hora depois da abertura ao público dos jardins da residência oficial do primeiro-ministro, em S. Bento. Aí foi questionado sobre o teor do discurso esta manhã proferido por Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia da República, em que pediu "mais crescimento e melhor distribuição da riqueza" em Portugal.

Todos os dias trabalhamos para isso", foi o primeiro comentário de António Costa.

O primeiro-ministro afirmou, contudo, que "o Governo não dá notas aos Presidentes da República", mas "ouve com atenção e medita".

Acho que a relação com o Presidente da República tem sido sempre muito franca e leal das duas partes. Entendemos essas palavras como um grande estímulo. Considero que foi de grande otimismo relativamente à experiência destes 43 anos de democracia e à energia que todos temos de colocar para que os próximos 43 anos sejam ainda melhores", sustentou o primeiro-ministro.

Ainda sobre a questão do crescimento económico, o líder do executivo defendeu que as metas que o Governo se encaminham para aquilo que é necessário conseguir: “retomar uma trajetória de convergência com a União Europeia” e voltar ao ritmo de crescimento registado até ao início deste século.

Desde 2000 até agora, a média de crescimento foi de 0,2% ao ano, porque a economia portuguesa tem levado tempo a adaptar-se ao euro, à globalização e ao alargamento a leste. Temos de nos centrar numa visão de médio prazo, investindo em áreas essenciais para que haja um crescimento sustentado: qualificação dos cidadãos e inovação tecnológica das empresas", apontou.

Memórias de há 43 anos

Em S. Bento, António Costa lembrou ainda como passou o dia 25 de Abril de 1974, "fechado" em casa de uma amiga da mãe, a jornalista Maria Antónia Palla.

A minha mãe colocou-me em casa de uma amiga, onde fiquei fechado todo o dia 25 de Abril, a acompanhar o que se podia saber pela televisão. Mas dia 26 de Abril já foi dia da liberdade e já pude ir para a rua", declarou o primeiro-ministro, sorrindo ao contar este episódio da sua vida.

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