PCP diz que inquérito à CGD é manobra do PSD para favorecer privados - TVI

PCP diz que inquérito à CGD é manobra do PSD para favorecer privados

Debate quinzenal

A constituição de uma comissão de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), proposta pelo PSD e CDS-PP foi aceite na sexta-feira pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa acusou hoje o PSD de querer “favorecer os concorrentes privados da Caixa Geral de Depósitos”, usando o inquérito parlamentar como uma manobra, noticia a Lusa.

A constituição de uma comissão de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), proposta pelo PSD e CDS-PP foi aceite na sexta-feira pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues depois de ter enviado para o Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR), por dúvidas de legalidade, a versão inicial do requerimento.

Para o líder comunista, que falava após uma reunião do Comité Central do partido, “a manobra do PSD”, apoiada pelo CDS-PP “visa favorecer concorrentes privados da Caixa Geral de Depósitos e abrir caminho para a sua privatização total ou parcial”.

Jerónimo de Sousa considerou que “as manobras em curso” têm como objetivo a “desestabilização” e o “desprestígio” da CGD e defendeu que a recapitalização do banco público “e o seu desenvolvimento ao serviço do povo e do país correspondem a uma necessidade estratégica”.

Também a situação do Novo Banco preocupa os comunistas que chamaram a atenção para o processo de “reestruturação” que envolve o despedimento de centenas de trabalhadores.

A vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque disse hoje, em Torres Vedras, que o objetivo da comissão de inquérito é conhecer os motivos do Governo para injetar 4.000 milhões de euros no banco público e evitar que [a Caixa Geral de Depósitos] “morra”.

"Não queremos fazer uma autópsia, queremos evitar que o doente morra. Queremos e temos o direito de saber, num banco que é público, se há problemas que justifiquem a injeção de quatro ou cinco mil milhões para podermos democraticamente discutir e para termos uma palavra a dizer em tempo útil e não depois do facto consumado", afirmou a ex-ministra das Finanças, durante uma intervenção dirigida a militantes da distrital do PSD/Oeste.

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