O primeiro-ministro, António Costa, considera que o Governo saiu do debate da votação final com um Orçamento que é uma ferramenta para combater a crise económica e social provocada pela pandemia.
Este Orçamento reforça o SNS e as famílias", começou por destacar Costa.
O Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) foi esta quinta-feira aprovado, no Parlamento, apenas com os votos favoráveis do PS, e com a abstenção do PCP, PEV, PAN e das duas deputadas não inscritas.
Em declarações aos jornalistas, Costa quis "agradecer a todos os que não desertaram" perante as dificuldades da crise e, pelo contrário, se empenharam em prosseguir o diálogo num processo que "foi tão exigente".
Por outro lado, o primeiro-ministro lamenta que partidos que tenham desertado, "ou não tenham conseguido resistir à tentação populista de aprovar medidas que podem ameaçar a credibilidade internacional" do país.
Desta forma, o primeiro-ministro deu uma palavra de confiança que o Governo "tudo fará" para assegurar que a credibilidade internacional de Portugal não seja colocada em causa: "Tudo faremos para que os que quiserem brincar com o fogo não queimem o país".
Contrato assinado é contrato que tem de ser respeitado. Lei que existe é lei que tem de ser respeitada. E a legalidade será seguramente assegurada num país que se orgulha de ser um Estado de direito", garantiu Costa.
A proposta do Bloco de Esquerda que anula a transferência de 476 milhões de euros do Fundo de Resolução para o Novo Banco foi aprovada esta quarta-feira pelo Parlamento.
Questionado se houve "irresponsabilidade" por parte da oposição , o primeiro-ministro referiu que, "neste momento de esperança é muito triste ver como é que num momento de crise tão grave ver aqueles que como o BE nos acompanharam nos últimos anos não hesitaram em desertar".
Costa direcionou as críticas também ao PSD: "É muito triste ver como um político de tantos anos, de experiência, como Rui Rio, se permite deitar pela janela a credibilidade de afirmações que fez sobre portagens para votar uma disposição única e exclusivamente para obter uma popularidade efémera. A vida política não é feita para a popularidade efémera".
António Costa assinala esta quinta-feira cinco anos como primeiro-ministro.
O primeiro-ministro recordou o percurso da Economia nestes anos, "dramaticamente interrompido" pela pandemia em março. Assim, refere a luta económica com um "quadro muito duro".