PEV anuncia abstenção na primeira votação do Orçamento do Estado para 2021 - TVI

PEV anuncia abstenção na primeira votação do Orçamento do Estado para 2021

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 27 out 2020, 10:27
Debate do Estado da Nação - José Luís Ferreira

Partido mantém voto em aberto para a votação final global

Depois de o PCP e do PAN, também o partido ecologista Os Verdes anunciaram que se vão abster na primeira votação do Orçamento do Estado para 2021.

Em conferência de imprensa esta terça-feira, o deputado José Luís Ferreira anunciou o sentido de voto do partido, mas sublinhou que ainda está "tudo em aberto".

O deputado considerou que, apesar de o orçamento estar “longe de dar resposta aos problemas dos pais e dos portugueses”, o Governo deu abertura a algumas propostas dos Verdes, nomeadamente quanto à conservação da natureza. O facto de ajudar a aprovar, pela abstenção, o OE2021, explicou José Luís Ferreira, é também “dar mais uma oportunidade ao PS e ao Governo para terem abertura” para ouras propostas, na especialidade, período que se segue à votação na generalidade e acontece antes da votação final global, em 26 de novembro.

O Orçamento para 2021 já estava matematicamente aprovado desde o anúncio do sentido de voto da deputada não incrita Cristina Rodrigues que, na segunda-feira, declarou a sua abstenção.

O primeiro-ministro abre esta terça-feira na Assembleia da República o debate da proposta de Orçamento do Estado para 2021, que só tem viabilização garantida na generalidade, na quarta-feira, com a votação final global ainda muito incerta.

Dois dados recentes complicam este ano as contas do Governo para a aprovação final do Orçamento - um documento que o executivo considera ser em larga medida condicionado pela atual crise sanitária, económica e social provocada pela pandemia de covid-19: Em julho, o PCP esteve contra o Orçamento Suplementar para 2020 na votação final global; neste domingo, o Bloco de Esquerda anunciou o voto contra o Orçamento para o próximo ano já na generalidade, depois de cinco anos em que os parceiros à esquerda do PS viabilizaram juntos cinco orçamentos.

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